Após as conquistas do ouro de Rebeca Andrade, na ginástica artística, e a prata de Tati Weston-Webb, pelo surfe, foi a vez das mulheres dos esportes coletivos do Time Brasil brilharem nos Jogos de Paris. Entre os destaques desta terça-feira, 6, a seleção de futebol despachou a Espanha e garantiu a vaga na final do torneio. Pelo vôlei feminino, o Brasil avançou à semi com ampla vitória sobre a República Dominicana.
A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.
Na busca pelo tricampeonato olímpico, a equipe comandada por Zé Roberto avançou ao mata-mata do vôlei feminino com moral. Na fase de grupos, a seleção atropelou Quênia, Japão e a Polônia sem perder um único set nas preliminares. A ex-levantadora Fernanda Venturini tinha avisado: "Nas quartas começam os jogos".
E, se provando como o adversário a ser batido, o Brasil manteve a regularidade com que iniciou os Jogos de Paris ao encarar a República Dominicana pelas quartas de final do torneio. No primeiro set, as adversárias deram a impressão de que dariam trabalho à seleção e colaram no placar, que terminou em 25 a 22.
No segundo e terceiro set, passeio do Brasil. Com as parciais de 25 a 13 e 25 a 17, a seleção garantiu a vaga na semifinal e encara, agora, os Estados Unidos na próxima quinta-feira, 8, às 11h.
Durante a tarde, foi a vez da seleção feminina de futebol encarar uma 'pedrada' com sabor de 'déjà vu'. Após avançar ao mata-mata na 'bacia das almas' e derrubar a anfitriã França por 1 a 0, a equipe de Arthur Elias tinha à frente a Espanha, atual campeã do mundo, pela vaga na final -- a primeira em 16 anos.
O retrospecto não ajudava. Brasil e Espanha disputaram as classificatórias no mesmo grupo e, no primeiro confronto, vitória de Putella e companhia por 2 a 0, em um jogo marcado pela expulsão polêmica de Marta. Suspensa, a Rainha não integrou o elenco do confronto.
Contra tudo e contra todos, as brasileiras desconheceram as rivais. Em um show ofensivo, a seleção atropelou a Espanha por 4 a 2, com gols de Gabi Portilho, Adriana e Kerolin, além de um contra, e garantiu a vaga na grande decisão, além de mais uma medalha ao Time Brasil. Agora, a equipe encara os Estados Unidos, na disputa pelo ouro olímpico, no sábado, 10, às 12h.
Despedidas e autossuperação
Para a equipe feminina de handebol, o destino não foi tão feliz. Nesta quarta, a seleção brasileira foi batida por 32 a 15 pela Noruega nas quartas de final e se despediu dos Jogos de Paris. A equipe brasileira buscava uma medalha inédita na competição.
No basquete masculino, Bruno Caboclo e companhia tiveram um desafio 'à la Davi e Golias': ninguém menos que o Dream Team dos Estados Unidos, que conta com estrelas da NBA, como LeBron James, Stephen Curry e Kevin Durant, e o favoritismo ao ouro. No fim, venceu a lógica, e o Brasil saiu com a derrota por 122 a 87 e o adeus a Paris.
No vôlei de praia, a dupla Evandro e Arthur, responsáveis por uma campanha invicta e sem perder sets até as quartas de final do torneio olímpico, sofreram uma derrota dolorosa contra a dupla Ahman e Hellvig, da Suécia, atual número 1 do ranking mundial.
Com muitos erros em quadra, os brasileiros perderam por 2 sets a 0, com parciais de 21 a 17 e 21 a 16, e se despediram da Olimpíada.
Para a skatista Dora Varella, no entanto, a manhã parisiense foi ensolarada. A mais velha entre um batalhão de garotas a competir no torneio de skate park, a brasileira, ao lado de Raicca Ventura e Isadora Pacheco, deu um show à torcida em Paris. O presente veio com a classificação à final, enquanto Raicca e Isadora ficaram pela fase preliminar.
Com uma bela atuação, Dora bateu na trave e ficou com o quarto lugar após uma ótima volta, que garantiu 89.14 pontos. Apesar de não ter medalha, a skatista de 23 anos buscou a melhor posição de uma brasileira na modalidade superando a si própria, quando ficou na sétima colocação em Tóquio-2020.
História no atletismo e finais sem medalhas
Pelo atletismo, Luiz Maurício da Silva fez história para o Brasil ao quebrar o recorde sul-americano no lançamento de dardo. Pelo grupo B, o brasileiro avançou em sexto ao atingir a marca de 85m91. A final será na quinta-feira, 8, às 15h25, no horário de Brasília. Pedro Henrique Rodrigues também participou da prova, mas acabou eliminado.
Nos 110 metros com barreiras, Rafael Pereira avançou em primeiro, na bateria de repescagem, cuja classificação foi definida no photo finish, bastante acirrada.
Com o tempo de 13s54, o brasileiro disputa as semifinais na quarta-feira, 7. Tiffani Marinho se despediu da disputa dos 400 metros rasos e, no salto em altura, Lissandra Campos e Eliane Martins não conseguiram a classificação.
Isaquias Queiroz e Jack Godmann avançaram à semi do canoa (C2) 500 metros, pela canoagem de velocidade. Os brasileiros chegaram em primeiro na bateria das quartas, em que avançavam os três primeiro entre cinco baterias, e disputam a medalha na quinta-feira.
O Brasil também encerrou a participação no hipismo dos Jogos de Paris sem medalha. Na ultima prova, disputada nesta terça na Arena do Chateau, Stephan Barcha e Primavera, seu cavalo, acabaram em 5º. Rodrigo Pessoa e Major Tom, com duas penalidades, não completaram o percurso.
Na vela, duas duplas se classificaram à regata de medalha, mas sem chance de buscar o pódio. Henrique Haddad e Isabel Swan avançaram no dinghy misto (classe 470), enquanto João Siemsem e Marina Mariutti se classificaram no multicasco misto. As duplas, no entanto, não têm chances de alcançar a pontuação necessária para o pódio.