O técnico José Roberto Guimarães vai ter trabalho após a derrota da seleção feminina de vôlei para os Estados Unidos na semifinal dos Jogos Olímpicos de Paris. Thaisa e Gabi, duas líderes da equipe, afirmaram que o “bronze é pouco” e que o grupo merecia da medalha de ouro.
A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.
Diferente das jogadoras, o treinador, que tem três medalhas de ouro e uma de prata no currículo, afirmou que é preciso mudar a chave e entender a importância de estar em um pódio olímpico. “Eu acho frustrante é você sair daqui sem medalha, triste é sair daqui sem medalha, sem nada, aí eu vou ficar muito, muito chateado, mas eu tenho força para lutar, eu quero lutar”, afirmou.
“Não deu o ouro merecido ou não, não importa, o que importa é que nos restou para a gente ainda ter uma oportunidade de lutar por uma medalha, e isso é que é importante para a gente”, completou.
Zé Roberto afirmou que sabe que vai precisar recuperar as líderes da equipe. Além de Thaisa e Gabi, ele também demonstrou preocupação com Roberta e Rosamaria. Para eles, o quarteto estava muito focada na conquista do ouro olímpico.
“Gabi me preocupa porque ela dá muito para esse grupo, ela é sobrecarregada no passe, no ataque, na defesa, ela é o motorzinho desse time, então eu acho que agora, principalmente as jogadoras mais experientes, Thaisa, Roberta, Rosa, é que a gente precisa levantar, que estavam com uma expectativa alta. O bronze vale muito", disse o treinador.
Na avaliação do comandante da seleção feminina, o principal erro do Brasil aconteceu no tie-break, quando a equipe desperdiçou alguns contra-ataques e perdeu a chance de abrir margem no placar.
“Não concretizamos pontos que acabaram botando o time de lá de novo no jogo, porque eles tinham cometido um ataque fora, erro, e a bola estava, nós tínhamos defendido, prontos para contra-atacar. É isso, pra mim, você tem que aproveitar quando você tem a oportunidade, eu acho que nós deixamos de aproveitar nesses pontos", finalizou.
Na disputa pelo 3º lugar, o Brasil espera por Itália ou Turquia, duas seleções que nunca disputaram uma final olímpica, peso que Zé acredita que pode influenciar em quem sair derrotado na semifinal. Para ele, vai ser um duelo mental para ficar com o bronze.