Medalhista de bronze em Tóquio-2020, o judoca Daniel Cargnin faturou outro terceiro lugar, agora no Grand Slam de Tel Aviv, em Israel. Nesta sexta-feira (17), o gaúcho do peso leve (73 kg) venceu o atual campeão mundial e número 3 do mundo, Tsogtbaatar Tsend-Ochir, da Mongólia.
Esta é a terceira medalha do Brasil na competição. Na última quinta (16), Natasha Ferreira (48kg) e Larissa Pimenta (52kg) ficaram com bronzes nas respectivas categorias. Já Rafaela Silva ficou em quinto na categoria de até 57 kg.
O novo pódio de Daniel veio duas semanas depois do brasileiro ser vice-campeão do Grand Slam de Paris. Desde que conquisto sua primeira medalha no 73kg, no Grand Prix de Zagreb, em julho de 2022, Daniel não sabe o que é ficar fora do pódio em uma competição. Já são seis eventos e seis medalhas em todos os níveis do circuito, de Open a Mundial.
"Minha melhor luta foi contra o campeão mundial. Isso é uma parte psicológica que gostei de ver. Eu fico com essa medalha de bronze, mas sempre almejando o topo do pódio. Agora, é voltar, ver o que deu certo, o que deu errado e reconstruir para sempre voltar melhor na próxima competição. Feliz com essa regularidade. A gente sabe que é uma categoria muito difícil. Essa regularidade me traz muita confiança. Meu pensamento é sempre medalhar e, por que não, ser campeão olímpico em Paris", comentou Cargnin.
A campanha de Daniel
O gaúcho estreou com vitória sobre Khusniddin Karimov, da República Tcheca, e passou por Erdeneebayar Batzaya, da Mongólia, nas punições. A única derrota veio de um descuido no Golden score contra Magdiel Estrada, de Cuba, nas quartas-de-final.
Na repescagem, ele bateu o canadense Arthur Margelidon, com um waza-ari também no Golden score e foi para a disputa de bronze. Contra Tsend-Ochir, Daniel não deu espaço para o mongol e acertou uma sequência de ataques para forçar três punições ao adversário e ficar com a medalha.
Derrotas de outros brasileiros e próximos compromissos
O meio-médio Eduardo Yudy também chegou ao bloco final entre os oito melhores. Ele venceu Ari Winkler (ISR), por waza-ari, e Medickson Del Orbe Cortorreal (DOM), por ippon, até chegar às quartas, onde caiu para o turco Vedar Albayrak, número cinco do mundo. Na repescagem com o alemão Timo Cavelius, sofreu um waza-ari no início da luta e não conseguiu reverter o placar a seu favor, terminando em sétimo lugar.
Na mesma categoria de Yudy, o Brasil teve Guilherme Schimidt, que foi surpreendido por João Fernando, de Portugal, logo na primeira luta, sofrendo um waza-ari a poucos segundos do fim do combate sem tempo para reação.
Entre as mulheres, Aléxia Castilhos (70kg) venceu Batsuuri (MGL), mas caiu para Elisavet Teltsidou (GRE), nas oitavas. Luana Carvalho (70kg) não passou por Maya Goshen (ISR) na primeira luta; Tamires Crude (63kg) até venceu Mayllin Del Toro Carvajal (CUB), mas perdeu nas punições. Já Ketleyn Quadros (63kg) bateu na chave de braço aplicada pela multicampeã Clarisse Agbegnenou (FRA), que voltou a competir após virar mãe.
Neste sábado (18), o judô brasileiro será representado por Samanta Soares (78kg), Giovanna Santos (+78kg), Giovanni Ferreira (90kg), Rafael Macedo (90kg), Leonardo Gonçalves (100kg), Rafael Buzacarini (100kg), Rafael Silva (+100kg) e João Cesarino (+100kg).