Apesar de ainda ter mais um evento em 2024, o UFC teve uma temporada na qual não teve muitos motivos de tristeza para os lutadores brasileiros. Novas estrelas surgiram e promessas ficaram perto de se tornar realidade na busca destes em manter o país relevante como uma das grandes forças do MMA.
Dos sucessos de Alex Poatan e Alexandre Pantoja à chegada de novos nomes que agitaram a torcida, os representantes do Brasil tiveram grande presença nos card da organização e o Portal Esporte News Mundo relembrará tudo o que aconteceu na trajetória nesta temporada a se encerrar.
'Reis' Pantoja e Poatan
O Brasil fechou 2024 com dois cinturões, os de Alex Poatan nos meio-pesados e Alexandre Pantoja entre os moscas. Ambos mantiveram seus títulos com grande atuações e até atitudes 'heroicas' para salvar eventos que corriam o risco de sofrer sem lutas principais
Este foi o caso de Poatan. Em três oportunidades, o brasileiro teve que ser chamado para 'salvar' a pele de Dana White em eventos do UFC e conseguiu se dar bem, alinhando vitórias por nocaute sore Jamahal Hill, Jiri Prochazka e, mais recentemente, Khalil Rountree Jr. Com isso, aumentou ainda mais seu cacife com a organização e ganhou de vez o coração dos fãs das artes marciais mistas com seu desempenho e carisma dentro e fora do octógono.
Já Pantoja mostrou os motivos de ser o dono do cinturão dos moscas. Agora, neste mês de dezembro, venceu sem qualquer problema ao ex-campeão do Rizin, Kai Asakura. Antes, em maio, foi ele a liderar o card do Ultimate no Rio de Janeiro, batendo a Steve Erceg, em outra luta na qual consolidou seu status de 'rei' da divisão, e começando a ficar sem rivais disponíveis.
Altos e baixos para veteranos
Para alguns veteranos, o ano de 2024 foi de momentos de altos e baixos no octógono mais famoso do mundo. Um exemplo foi Charles do Bronx, que perdeu em abril uma luta apertada com o agora futuro desafiante ao cinturão dos leves, Arman Tsarukyan. Mas, em novembro, deu uma 'aula' na vitória sobre Michael Chandler e pode ter renascido na briga pelo cinturão dos leves do UFC.
Depois de um período no boxe, José Aldo voltou ao MMA e, no mesmo Rio de Janeiro que o tornou rei, derrotou Jonathan Martinez sem nem demonstrar o tempo longe do octógono. Mas acabaria perdendo em outubro de forma polêmica para Mario Bautista, o que pode ter atrapalhado o ex-campeão dos penas em seu sonho de ter o cinturão dos galos.
Deiveson Figueiredo também sentiu o gosto doce da vitória, ao vencer Cody Garbrandt e Marlon Vera nas primeiras lutas de 2024 e começar a sonhar com um potencial 'title shot' nos galos. Mas, recentemente, teve que também provar do amargo gosto da derrota ao cair para Petr Yan. A mesma coisa para Jéssica Bate-Estaca, que começou o ano vencendo Marina Rodriguez, mas depois sendo derrotada por Natália Silva, em desafios entre compatriotas.
As novas estrelas
Se alguns sofreram no UFC no ano que está para acabar, outros representantes do Brasil aproveitaram para mostrar o MMA nacional terá um futuro de sucesso. Caio Borralho segue sendo um peso-médio em ascensão, ainda invicto na organização e candidatíssimo a ser considerado um futuro desafiante ao título dos 84kg.
Carlos Prates se tornou conhecido por algumas estripulias como fumar antes e depois das lutas, mas no cage, o meio-médio teve um ano em que trabalhou bastante, com quatro lutas e quatro vitórias por nocaute, caminhando cada vez mais para também chegar ao patamar de possível futuro campeão.
Quem também não ficou atrás foi Diego Lopes. Outro dos brasileiros que vivem fase de ascensão, o peso-pena venceu três vezes em 2024, a mais recente contra o ex-desafiante ao título dos 66kg Brian Ortega, e vai cada vez mais se aproximando do 'title shot' em uma divisão que tem sido bastante agitada.
Natália Silva vem escalando o ranking do peso-mosca, com vitórias sobre Vivi Araújo e Jéssica Bate-Estaca e já começa a se projetar entre as possíveis desafiantes da categorias. Iasmin Lucindo também está na toada de vitórias na divisão dos palhas, derrotando a Marina Rodriguez e Karolina Kowalkiewicz