Antes mesmo de desrespeitarem regras sanitárias e serem flagrados em eventos com aglomeração no auge da pandemia de covid-19, Neymar, do PSG, e Felipe Melo, do Palmeiras, já tinham tornado pública a proximidade com o presidente Jair Bolsonaro, com quem posaram, sorridentes, para fotos. Agora, o grupo tem mais um esportista de nome, o jogador de vôlei Maurício Souza.
Depois de demitido do Minas Tênis Clube por causa de postagens de cunho homofóbico em redes sociais, Maurício recebeu o apoio de Bolsonaro e na segunda-feira (24) esteve com o chefe da nação em Brasília, com quem andou de carro e conversou bastante. Um dos temas abordados seria a possibilidade de o atleta se filiar a algum partido e concorrer a um cargo para o parlamento em 2022.
A lista de cabos eleitorais de Bolsonaro que ganharam projeção com o esporte inclui também os atacantes Diego Souza, do Grêmio, e Lucas Moura, do Tottenham, e ainda Romário, hoje senador. O tetracampeão do mundo em 1994 declarou recentemente apoio ao presidente de olho no eleitorado conservador do Rio para sua pretensão de conseguir um novo mandato, no ano que vem.
Torcedor do Palmeiras e do Botafogo, Bolsonaro usa há vários anos uma estratégia para associar seu nome ao futebol – costuma se deixar fotografar vestindo a camisa de clubes de todos os Estados por onde passa. Gosta de dar pitacos sobre a Seleção brasileira e já defendeu a substituição do técnico Tite do comando da equipe. Prefere Renato Gaúcho, outro que se afina com ele.