O calendário nacional de mountain bike (MTB) de 2024 com suas principais competições está perto do fim. A temproada apresentou um crescimento significativo, com destaque para eventos como a Internacional Estrada Real, a Copa Internacional de MTB e o Campeonato Brasileiro de XCO (Cross-Country Olímpico).
Essas competições não apenas movimentam o cenário competitivo, mas também fortalecem o esporte como uma modalidade acessível a todas as idades e níveis de habilidade.
A Internacional Estrada Real, por exemplo, é um dos principais palcos do MTB no Brasil, oferecendo categorias para todas as faixas etárias e níveis de performance. A competição é crucial para o desenvolvimento de novos talentos, além de ser um atrativo importante para o calendário internacional.
O evento, sediado em Minas Gerais, é uma das poucas provas nacionais com pontos válidos para o ranking da União Ciclística Internacional (UCI), o que eleva a visibilidade e a competitividade do MTB no Brasil.
"O MTB cresceu muito nos últimos anos, especialmente em 2024. O mercado começou a se estabilizar após a pandemia. Foi um ano desafiador para o segmento, mas também com boas conquistas," comentou Felipe Avelar, ex-atleta e agora organizador.
Felipe Avelar, que tem mais de 30 anos de envolvimento com o mountain bike, começou como ciclista amador e passou a competir profissionalmente antes de se tornar um dos principais organizadores de provas no Brasil.
Apesar das conquistas, Avelar acredita que o mountain bike brasileiro ainda tem muito a evoluir, especialmente no que se refere à profissionalização do esporte. Ele destaca que o crescimento não pode depender apenas do aumento no número de competições, mas também de uma estrutura sólida que incentive o desenvolvimento do mercado como um todo.
''Não basta apenas organizar mais eventos para aumentar a popularidade. O mercado precisa se alinhar com uma visão mais profissional, desde a formação de novos atletas até a comercialização de produtos e a criação de estratégias eficazes para atingir um público mais amplo'',
explica Avelar.
"Precisamos incentivar os jovens a praticar o mountain bike desde cedo. Passeios ciclísticos, provas de menor dificuldade e atividades recreativas são fundamentais para formar a próxima geração de atletas," defende.
Henrique Avancini, bicampeão mundial, foi um dos principais responsáveis por popularizar o MTB no Brasil, e sua aposentadoria no final de 2023 deixou uma lacuna no cenário nacional. No entanto, o empresário está otimista sobre os novos talentos que surgem no esporte.
''Em 2025, com um calendário que inclui provas de peso e a perspectiva de novas competições surgindo, o mountain bike brasileiro tem tudo para continuar crescendo e consolidando-se como uma modalidade de destaque no país''.
