Os moradores mais antigos de Cordeirópolis, cidade localizada a 170 km de São Paulo, falam com orgulho das histórias de Léo Batista no início da carreira. O filho mais ilustre da cidade de 23 mil habitantes morreu neste domingo, 19, aos 92 anos.
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Antes de virar 'A Voz Marcante do Esporte' e ser referência do jornalismo esportivo da TV Globo, Léo Batista era locutor das notícias mais importantes do dia para os cordeiropolenses. Aos 15 anos, ele seguiu o conselho de um primo e fez um teste para trabalhar no serviço de alto falante da cidade. A oportunidade abriu portas à Léo Batista.
Com a morte do narrador, os moradores de Cordeiro, como a cidade é carinhosamente chamada, passaram a recordar as histórias. Muitos relembraram quando viraram Léo Batista pelas ruas da cidade após a fama. Ele costumava visitar parentes com regularidade.
Para o empresário Sérgio Küller, uma cena que nunca sairá da mente é quando Léo, logo após começar a fazer sucesso, viajou para Cordeirópolis e precisava falar com a família no Rio de Janeiro. Como não tinha telefone na casa da mãe, ele foi até uma gráfica e pediu para usar o telefone.
Durante o papo, ele contou que tinha recebido uma multa de trânsito por excesso de velocidade. "Acredita que levei uma multa? Eu falei para o guarda: 'O que adianta eu ter um Jaguar se eu não posso correr?'", relatou aos risos.
A prefeita de Cordeirópolis, Cristina Saad, lamentou a morte e decretou 3 dias de luto: "Por onde andou, levou o nome de Cordeirópolis e nos encheu de orgulho. Acabo de decretar luto oficial de três dias, além de posicionar as bandeiras a meio mastro. Uma singela forma de registrar uma homenagem e quem nunca se esqueceu de nós."
Léo Batista foi hospitalizado em 6 de janeiro devido a um quadro de desidratação e dores abdominais. Após a realização de exames, foi identificado um tumor que exigiu sua internação na UTI nos últimos dias.