L'eau a coulé sous les ponts é um ditado francês que significa, literalmente, a água fluiu debaixo das pontes. Usado quando se constata que o tempo passou e muitas coisas mudaram. Definição perfeita para o momento vivido por Neymar Jr. O atacante do Paris Saint-Germain driblou a crise em campo, dominou as turbulências na vida privada e agora volta a se destacar positivamente na mídia planetária.
A contribuição relevante do jogador para levar seu time à final da Liga dos Campeões, o elogio recebido do colega Mbappé ("Neymar está predestinado a ganhar o troféu de melhor do mundo") e suposta reaproximação da atriz Bruna Marquezine, com quem viveu novelesco relacionamento iô-iô, renderam incontáveis manchetes eufóricas na mesma imprensa que o criticou sem piedade em suas piores fases.
Esqueça o deboche ao Neymar cai-cai, os prejulgamentos ao Neymar acusado de estupro, as cobranças dos comentaristas de TV ao Neymar frequentemente lesionado, o ceticismo dos torcedores brasileiros e franceses, o afastamento do mercado publicitário do Neymar polemista. Isso é passado. As águas do tempo levaram aquele período sinistro.
Agora, ao Neymar reabilitado no mundo do futebol e na mídia internacional cabe apreciar as águas calmas do Rio Sena, perto do estádio do PSG, o Parc des Princes. Resta saber como ficará sua relação com Galvão Bueno. O principal narrador esportivo da Globo passou de grande defensor e amigo pessoal a implacável crítico do "menino Ney".
Os dois romperam em 2019, pouco depois de uma declaração contundente do jornalista em seu programa Bem Amigos, no SporTV. “O que o Neymar permitiu que fizessem com a carreira dele é um crime”, disse. Como tudo flui, não será surpresa se logo ambos selarem a reconciliação brindando com um dos vinhos produzidos por Galvão. Santé!
