Melhor jogador em atividade no futebol brasileiro desde o ano passado, Raphael Veiga, do Palmeiras, tende a ser um nome que vai perseguir o técnico Tite até a Copa do Mundo do Catar, em novembro e dezembro deste ano. Dependendo do que a Seleção fizer na disputa (ou deixar de fazer), a sombra de Veiga pode até demorar a descolar de Tite.
O treinador tem seus critérios e já deixou claro que gostaria de contar com o meia do Palmeiras no Mundial. Mas, adiantou-se ao dizer que não teria como abrir mão hoje dos que vêm sendo convocados com frequência para dar uma vaga a Veiga.
Difícil vai ser convencer os palmeirenses, quando as competições entre clubes terminarem em 2022, que Raphael Veiga não teria mesmo como figurar entre os relacionados para o Mundial. As reações da torcida já são públicas. Foi assim em duas partidas recentes do Palmeiras, após a divulgação da lista de convocados para amistosos do Brasil contra Japão e Coreia do Sul, em junho.
Veiga fez um gol no jogo contra o Juazeirense-BA, em 11 de maio, pela Copa do Brasil, disputado em Londrina, e outro, contra o Bragantino, dia 14, em casa, pelo Brasileiro. Nessas duas vezes, a voz que veio da arquibancada mirava Tite com ofensas ritmadas, enquanto Veiga era saudado como vítima dos critérios do técnico.
Nessa quarta (18), na vitória por 1 a 0 sobre o Emelec, no Allianz Parque, pela Libertadores, Veiga, que entrou no decorrer do segundo tempo, não marcou nenhum gol. Mas ajudou a dar outra dinâmica ao time, que apenas empatava com o fraco adversário do Equador.
Tite dessa vez foi poupado. Mas é só uma questão de tempo. Essa trégua tem prazo de validade – vale até o próximo gol de Raphael Veiga.