Palmeiras se articula para pressionar Conmebol a criar protocolo de punição por racismo

Plano visa unir outros clubes brasileiros na tentativa de fazer entidade sul-americana montar cartilha com punições severas em casos flagrantes

7 mar 2025 - 23h08
Foto: Reprodução - Legenda: Atacante Luighi, do Palmeiras, deu entrevista histórica após sofrer crime de racismo no Paraguai / Jogada10

O Palmeiras articula nos bastidores uma tentativa de união entre clubes brasileiros para pressionar a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) a criar um protocolo de punição para casos de racismo, algo que nunca ocorreu no continente.

A iniciativa por parte da diretoria é uma resposta ao caso lamentável envolvendo o atacante Luighi, na última quinta-feira (7), em, partida da equipe sub-20 alviverde frente ao Cerro Porteño, pela Libertadores da categoria.

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Segundo fontes ligadas ao clube, a expectativa é a de que um posicionamento conjunto de representantes do futebol brasileiro coloque a Conmebol contra a parede.

Isso porque o entendimento é o de que a entidade precisa sair da inércia atual e tomar medidas enérgicas para coibir episódios reiterados de injúrias raciais nas competições sob sua chancela.

Libertadores e Sul-Americana, por exemplo, costumam ser palcos de ocorrências frequentes de racismo contra jogadores brasileiros. Episódios dessa natureza criminosa, aliás, não ficam restritos apenas a outros países. Até mesmo em partidas no território brasileiro, torcidas de clubes sul-americanos tem por hábito cometer gestos racistas de forma escancarada.

Nesse contexto, a ideia do Palmeiras visa a elaboração, por parte da Conmebol, de uma cartilha que estabeleça sanções efetivas em casos flagrantes nos estádios e cada vez mais rigorosas à medida em que houver reincidência.

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O modelo ainda se encontra em fase estrutural e, conforme ganhe corpo, será apresentado a outros clubes brasileiros a fim de obter apoio para pressionar a Conmebol.

Nesta sexta-feira (7), aliás, o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, fez uma ligação para Leila Pereira, assegurando que o Cerro Porteño sofrerá punições pela omissão no episódio.

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