O Palmeiras chegou a seu 11º título brasileiro com todo mérito e em razão de vários motivos. Primeiro, levou a competição a sério. Dono de um time versátil, de técnica refinada e com um treinador que se descobriu no Brasil, passou por cima de seus adversários sem dó.
A campanha até a 35ª rodada foi coroada de êxitos. Sem necessariamente dar show na maioria de seus jogos, o Palmeiras demonstrou equilíbrio em todos os setores e muita aplicação tática. Contou bastante com o talento de Gustavo Scarpa, que certamente vai concorrer com favoritismo ao prêmio de melhor do Brasileirão.
Foi mais além ainda com a segurança de Weverton no gol e a liderança de Gustavo Gomez na zaga, na qual forma dupla de peso com Murilo, e o bom desempenho dos laterais Marcos Rocha e Piquerez. No meio, Danilo, Zé Rafael e Raphael Veiga, antes de sofrer séria lesão no final de agosto, ditavam o ritmo da equipe, muitas vezes com a ajuda de Scarpa.
Enquanto isso no ataque Dudu e Rony também se destacavam, possibilitando uma uniformidade no estilo de jogo do Palmeiras. Querido pelos atletas, intenso à beira do campo e sempre muito motivado, Abel Ferreira volta a escrever seu nome na história do clube, com o qual já ganhou duas Libertadores, uma Copa do Brasil e um Paulista.
Vencer o Brasileirão com ainda quatro jogos para ser disputados é um feito para poucos. O Palmeiras e sua torcida, presente e atuante, merecem festejar muito a conquista.