Presidente da Fifa se revolta com ataques racistas contra Luighi, do Palmeiras: 'Indignado'

Infantino publicou nesta sexta-feira (7) que o comportamento dos torcedores foi vergonhoso e mandou recado especial ao atacante

7 mar 2025 - 21h13
Foto: Luke Hales/Getty Images - Legenda: Gianni Infantino, presidente da Fifa / Jogada10

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, expressou indignação ao comentar sobre os ataques racistas que Luighi e outros jogadores do Palmeiras sofreram na última quinta-feira (6). Assim, através das redes sociais, o dirigente declarou que foi um "comportamento vergonhoso".

Os insultos ocorreram na vitória dos brasileiros sobre o Cerro Porteño, pela Libertadores Sub-20, no Paraguai. O atacante Luighi, aliás, se revoltou com a situação e chorou ao falar com repórter sobre os episódios na saída de campo.

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A entrevista emocionante repercutiu no mundo inteiro e, então, o dirigente mandou um recado direcionado ao atleta. De acordo com Infantino, a entidade "se mantém firme na luta contra o racismo".

Pronunciamento de Gianni Infantino

"Estou profundamente indignado com o abuso racista sofrido pelo jogador Luighi, do time Sub-20 do Palmeiras, no Paraguai. É de partir o coração ver um jovem jogador ser levado às lágrimas por um comportamento tão vergonhoso. O futebol deve ser um espaço de respeito, inclusão e união - e tudo começa com os jovens e a base.

A Fifa se mantém firme na luta contra o racismo. Nosso compromisso vai além das palavras, continuamos a implementar medidas rigorosas, reforçar as sanções e expandir os programas educacionais para erradicar a discriminação.

Luighi, nós o apoiamos e temos o compromisso de lutar por um futebol em que todos sejam tratados com o respeito que merecem".

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Detalhes do caso

Aos 34 minutos do segundo tempo, a transmissão da Conmebol flagrou um torcedor com uma criança no colo rente ao alambrado imitando gestos de macaco em direção a Figueiredo, que saía do campo após substituição. Logo após o apito final, Luighi também foi alvo de atos racistas e avisou à arbitragem. O duelo ficou interrompido por alguns minutos. Desse modo, na entrevista pós-jogo ainda no gramado, Luighi não conteve o choro e desabafou.

"Você não vai perguntar sobre o ato de racismo que fizeram comigo. Até quando a gente vai passar por isso? Até quando? O que fizeram comigo foi um crime. Você ainda vai perguntar sobre o jogo mesmo? A Conmebol vai fazer o que sobre isso, a CBF, sei lá quem… Não ia perguntar sobre isso, né?! O que fizeram comigo foi um crime. Aqui é formação. A gente tá aprendendo aqui", disse, com a voz embargada.

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