A Justiça eleitoral de Alagoas manteve a condenação por abuso de poder a Gustavo Feijó, ex-vice da CBF e ex-prefeito da cidade de Boca da Mata (AL), mas substituiu a punição anterior, de inelegibilidade, por uma multa de R$ 15 mil. A decisão partiu da juíza Paula de Goes Brito Pontes, da 48ª zona eleitoral do TRE alagoano, e foi tomada no dia 25 de março.
A magistrada considerou que Feijó cometeu abuso de poder, mas não com gravidade suficiente para ficar inelegível, como decidido por ela mesma em janeiro, quando também estipulou multa de R$ 28 mil ao político.
A defesa de Feijó vai entrar com recurso para tentar anular totalmente a ação. Já o Ministério Público e o grupo que lhe fazia oposição em Boca da Mata avaliam se vão ou não recorrer para que ele volte a ficar inelegível.
O abuso de poder, segundo a juíza Paula Pontes, fora configurado quando Feijó usou sua posição de prefeito para anunciar benefícios à população de Boca da Mata durante campanha de seu sobrinho Bruno Feijó à prefeitura local em 2020.
Num palanque, num evento para conquistar votos para Bruno, que acabou eleito, Gustavo Feijó teria anunciado o pagamento antecipado dos salários do funcionalismo público. A juíza tomou a decisão de puni-lo em janeiro também por ele ter realizado obra pública em empreendimento privado para favorecer o parente.