Uma última petição popular para tentar frear os Jogos de Tóquio, que começam oficialmente no dia 23 de julho, foi entregue para o governo metropolitano da cidade nesta terça-feira (20). O documento conseguiu reunir 140 mil assinaturas.
"Pedimos o cancelamento. É um absurdo ir adiante com as Olimpíadas nessas circunstâncias, perante um aumento da difusão do coronavírus e outros problemas", disse o sociólogo japonês Chizuko Ueno, um dos organizadores da petição ao lado de outros 13 escritores, jornalistas e acadêmicos. O apelo ocorre porque Tóquio vem batendo seus recordes de novos casos e os Jogos não contam com apoio de ao menos seis em cada 10 japoneses.
Ainda nesta terça, o chefe do Comitê Organizador das Olimpíadas, Toshiro Muto, deu uma resposta evasiva sobre um possível cancelamento de última hora. Ao ser questionado por um jornalista, o dirigente afirmou que "essa situação será analisada" caso haja um surto de casos da doença.
Grande parte dos seis mil atletas que devem ir para os Jogos já está na Vila Olímpica, assim como já foram constatados dezenas de casos de covid-19 entre membros da organização e de terceirizados. A própria Vila teve ao menos três testes positivos até o momento, incluindo dois atletas.