O dia do torcedor santista foi marcado por fortes emoções: da alegria da volta à primeira divisão do Brasileirão até a frustração com a derrota do time por 2 a 0 para o CRB, em plena Vila Viva Sorte, neste domingo, 17.
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Da festa do lado de fora do estádio até as vaias contra o técnico Fábio Carille, após o desempenho insuficiente do clube, o dia foi de altos e baixos para os torcedores santistas.
A emoção tomou conta da arquibancada quando a faixa da Torcida Jovem - principal organizada do clube - voltou à posição normal, aos 10 minutos de jogo, encerrando um protesto contra o rebaixamento do clube, em 2023. O momento também marcou o retorno oficial da camisa 10, eternizada por Pelé e aposentada durante as disputas pela segunda divisão.
Festa pré-jogo
Para quem tinha alguma dúvida se o torcedor santista ficaria ‘tímido’ em comemorar o título da Série B, a resposta começou a ser vista já do lado de fora da Vila Viva Sorte. Com ingressos esgotados, os alvinegros encheram as ruas ao redor do estádio desde o início da tarde. Com música e bateria de sobra, os santistas entoaram diversas vezes o hino do clube.
Além do acesso e do troféu, a torcida e o próprio clube celebraram o retorno da camisa 10 ao elenco, aposentada desde a queda. Questionados pela reportagem do Terra, os torcedores revelaram quais atletas eles gostariam de ver com a camisa em 2025.
O campeão de menções, como já era esperado, foi Neymar, que também estaria negociando a sua volta ao clube. Alguns, no entanto, discordaram e sugeriram a camisa 11 para o atacante em um possível retorno. Nomes como Paulo Henrique Ganso e Gabigol também foram cotados. Houve também quem preferiu a aposentadoria definitiva do número.
Misto de sentimentos na escalação e entrada dos times
Os torcedores demonstraram diferentes sentimentos para os atletas anunciados, antes do início da partida. Enquanto nomes como Rómulo Otero e Guilherme foram os mais ovacionados, Fábio Carille e Patrick receberam muitas vaias. Já os nomes de Diógenes e Hayner foram recebidos com silêncio.
O silêncio foi quebrado quando as equipes entraram no gramado. Os alvinegros colocaram a Vila para pulsar, acrescentando emoção para a chuva de papel picado, promovida pela diretoria do Santos, que recebeu os jogadores em campo. Os atletas entoaram o hino do time com o apoio dos torcedores, que cantaram as estrofes a plenos pulmões.
Emoção no minuto 10
O décimo minuto da partida foi um dos pontos altos do jogo. Virada de cabeça para baixo em protesto à queda do time para a segunda divisão no ano passado, a faixa da Torcida Jovem, principal organizada do clube, voltou para sua posição normal aos 10 minutos de jogo. O momento foi acompanhado com uma contagem regressiva e homenagens a Pelé.
Protestos
O clima de festa mudou quando o Santos levou o primeiro gol da partida. A torcida organizada protestou e as manifestações foram direcionadas, principalmente, aos dirigentes do clube praiano.
Aos gritos de “não é mole, não, queremos time para gritar ‘é campeão’”, os santistas levantaram outras faixas em forma de protesto. “Não se vende história, queremos planejamento”, “Série B sempre foi obrigação”, “Respeitem o torcedor”, “SAF não é milagre” e “Libertadores 2026”, eram algumas das mensagens escritas.
Na etapa final, os protestos continuaram. O segundo gol do CRB levou a torcida a gritar contra o técnico do Santos “Ei, Carille, vai tomar no c*”. O sentimento de revolta aumentou com a saída de Otero para a entrada de Willian Bigode. A torcida não perdoa a substituição.
Com o passar dos minutos, as críticas a Carille continuaram. Cada vez mais longe do empate, os santistas reforçaram o coro de “Carille, vai se f**, o nosso Santos não precisa de você”. O encerramento da partida, por fim, foi marcado por vaias e gritos de “vergonha”.
Troféu erguido
Após a derrota, os atletas voltaram ao campo para receber o troféu de Campeão da Série B e foram recebidos sob aplausos pelos torcedores. Tudo ia bem até Carille e outros dirigentes receberem as suas medalhas. Neste momento, as vaias e críticas voltaram.
Já na hora de levantar a taça, o estádio ficou dividido: enquanto parte da torcida celebrava timidamente, os atletas vibraram pela conquista.