O Santos quitou na noite de quinta-feira a milionária dívida salarial com os jogadores do elenco. O socorro veio por meio de um empréstimo de R$ 8 milhões do Banco BMG, com aval não revelado. Do valor, quase metade, R$ 3,5 milhões, foram destinados para a dívida de cinco meses de direitos de imagem pendentes com o atacante Robinho, principal nome do clube.
O camisa 7 utilizou a entrevista de quinta-feira, no CT Rei Pelé, para mandar alguns recados direcionados à diretoria santista avisando que não descartaria sequer atuar por outros rivais paulistas e que a permanência no clube dependeria, primeiramente, de um acerto sobre os direitos de imagem atrasados.
O clube já havia utilizado o montante recebido de premiação com a conquista do Campeonato Paulista para quitar parte da dívida.
A ação visou minimizar o problema com relação aos direitos de imagem, maior fatia do salário dos atletas, não pagos desde setembro do último ano. Alguns atletas, entre eles Robinho, chegaram a completar até oito meses de atrasos.
O presidente Modesto Roma Jr. tinha como promessa ao elenco começar a quitar parte dos direitos de imagem atrasados até o fim de abril, mas, com receitas bloqueadas, adiou o pagamento para depois do Campeonato Paulista.
Modesto também já tinha acordado com o elenco o parcelamento da dívida, com a promessa de pagar a primeira de oito parcelas no início de abril. O acordo era de pagar, além do salário registrado em CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) e a imagem referente ao mês, sempre metade de um dos meses pendentes. No caso, os jogadores receberiam metade do montante referente a setembro e teriam a dívida quitada em oito meses.