Ex-presidente do Santos exalta talento 'inigualável' de Pelé e 'semblante de quem está em paz'

Marcelo Teixeira, que presidiu o Peixe (1991/93 e 2000/09), participou do velório do rei na Vila Belmiro, nesta segunda, 2

2 jan 2023 - 14h53
(atualizado às 14h54)
O ex-presidente do Santos Futebol Clube, Marcelo Teixeira
O ex-presidente do Santos Futebol Clube, Marcelo Teixeira
Foto: Isabela Lima/Terra

"Tranquilo", foi assim que o ex-presidente do Santos, Marcelo Teixeira, definiu o semblante do Rei Pelé. O dirigente esportivo conversou com a imprensa ao deixar o velório do ícone do futebol na Vila  Belmiro, na baixada santista, nesta segunda-feira, 2. O dirigente esportivo contou que fez uma oração junto aos filhos de Pelé "e o mais importante foi perceber o semblante do rei, o semblante que a gente percebe que está em paz, tranquilo, depois de talvez ter sofrido tanto nesses últimos meses". 

O ícone do futebol morreu aos 82 anos, na última quinta-feira, 29, de falência múltipla de órgãos resultado da progressão do câncer de cólon. Por conta do intervalo entre a data da morte e a data do sepultamento, o corpo de Pelé foi embalsamado, para garantir a sua preservação e aparência natural

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Teixeira, que presidiu o Peixe em duas ocasiões de 1991/93 e 2000/09, participou do velório do rei na Vila Belmiro, nesta segunda, também falou sobre a possibilidade de aposentadoria da camisa 10 do Santos, número usado por Pelé e que deixaria de ser utilizada durante os jogos do clubes. Assim como outros craques, ele é contrário a mudança. Durante o período em que presidiu o time, ele conta que  havia "um projeto para essa aposentadoria, mas ouvi dele mesmo (Pelé) que preferiria que a camisa continuasse sendo usada".

O jogador tinha medo de que a história se perdesse com o passar dos anos já que o "Brasil não consegue preservar a memória dos seus ídolos". "Acho que a maior homenagem é continuar mantendo a 10 e, talvez, com alguma mudança  em campo. (...) As homenagens devem ser feitas, devem continuar, mesmo sendo muito poucas pelo que ele representou, mas eu acho que a camisa 10 é ainda tão mística e tão importante. E como um grande patrimônio, ela deve continuar em campo", finalizou. 

O dirigente de futebol também lembrou a alegria de Pelé com a homenagem feita em vida pelo Santos quando foi inaugurado o Memorial das Conquistas do clube, em 2003, com a história do time e do seu maior ídolo. Para ele, o talento "inigualável" de Pelé dificilmente será visto em outro jogador. "Até hoje não existiu e acredito que dificilmente existirá um atleta com as qualidades que o Pelé reunia em um único jogador". 

Desde cedo fãs se aglomeravam na fila para o velório do Rei Pelé, que começou às 10h nestá segunda. O sepultamento acontece amanhã no Memorial Necrópole Ecumênica, também às 10h, próximo à Vila.

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* Com a colaboração de Juliana Cruz

Fonte: Redação Terra
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