Morreu o técnico responsável por 'descobrir' Neymar e levá-lo ao Santos. Betinho faleceu no último sábado (7), sem causa divulgada, e recebeu uma homenagem especial do astro brasileiro. O pai do jogador, Neymar da Silva Santos, também lamentou a partida do profissional - o qual define como primeiro agente da história do filho no futebol.
"Hoje uma parte da nossa história partiu. Fica aqui minha gratidão ao professor Betinho, sem ele a história do meu filho (e da minha família) seria diferente. À família, saiba que sempre terão um amigo por aqui", escreveu o pai de Neymar em suas redes sociais.
Neymar também dedicou boa parte de seu sucesso ao professor. "Você me viu correndo na arquibancada e me fez correr em vários estádios ao redor do mundo. Você me colocou no futebol, fez meus pais me levarem ao primeiro teste. Grato pra sempre por isso. Cuide de nós ai em cima. Descanse em paz, professor Betinho", lamentou o craque.
Homenagens
Além de pai e filho, o Instituto Projeto Neymar JR. também prestou homenagem ao profissional em seu perfil no Instagram.
"Recebemos, com muita tristeza, a notícia do falecimento do Betinho neste sábado. Betinho foi o primeiro treinador e descobridor de Neymar Jr. E além disso, também fazia parte da nossa equipe como Técnico de Avaliação esportiva. Neste momento de dor, nos solidarizamos com os familiares e amigos, enviando nossas mais sinceras condolências. A memória de Betinho será sempre lembrada com carinho e como uma figura de inspiração".
O Santos, clube que recebeu indicações de Betinho, também prestou homenagem ao profissional. O Alvinegro se referiu o professor como "um dos grandes observadores técnicos e descobridores de talentos do futebol brasileiro".
Neymar e Betinho
O astro do Al-Hilal tinha apenas nove anos quando Betinho o descobriu, no Tumiaru, clube de São Vicente, no litoral paulista. O encantamento surgiu instantaneamente. O professor decidiu apostar de vez no talento de Neymar e o apresentou ao Santos como "sucessor de Robinho" - outro talento na lista do profissional.
Betinho tratava a descoberta de Neymar como "um privilégio". Em uma de suas últimas entrevistas, o professor detalhou etapa por etapa de como se deparou com o talento do Garoto da Vila.
"A história começou em 1998, nas areias da praia do Itararé, e eu tive o privilégio de testemunhar o surgimento de um talento extraordinário. Lembro-me claramente daquele dia. Neymar pai estava jogando um amistoso com amigos quando, enquanto corria atrás da bola, não pude deixar de notar um garotinho de apenas seis anos, vibrante e cheio de energia, que se destacava na arquibancada. Tratava-se Neymar, o filho. Ele corria de um lado para o outro, observando o jogo com uma velocidade e agilidade que me deixaram maravilhado. Ao ver aquele menino em ação, pensei: 'Esse garoto tem algo especial'", e prosseguiu:
"Desde o início, Neymar superou todas as expectativas. Nos treinos, ele era uma força da natureza, driblando os adversários com facilidade e marcando gols impressionantes. O talento dele era inegável. Aquela cena ficou gravada na minha memória; era a evidência de que estávamos diante de uma joia rara", completou Betinho.
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