Se o Santos ainda teme uma punição por ter contado com a atuação do meio Carlos Sánchez possivelmente de maneira irregular no seu último duelo da Copa Libertadores, o River Plate já não corre o mesmo risco. Mesmo contando com o defensor Bruno Zuculini, que deveria ter cumprido uma suspensão de duas partidas nesta edição do torneio, em todos os seus sete jogos até o momento no torneio, o clube argentino está livre de qualquer pena segundo um comunicado oficial emitido pela própria Conmebol.
Contratado pelo River Plate no início deste ano para a disputa da Copa Libertadores, o defensor argentino havia sido expulso num confronto válido pela Copa Sul-Americana de 2013, quando ainda defendia o Racing. Julgado naquele momento, o zagueiro foi punido com quatro jogos, que seriam reduzidos para dois após a anistia concedida pela entidade em 2016. Estes dois jogos, no entanto, ainda não teriam sido cumpridos e deveriam ter impossibilitado o atleta de entrar em campo nos dois primeiros duelos desta edição da Libertadores.
No entanto, dois fatores explicam o motivo pelo qual o clube argentino não será punido mesmo contando com o atleta de forma irregular. O primeiro deles é de que logo após a contratação do jogador, a diretoria do River Plate consultou a Conmebol para saber se existia alguma pendência sobre o atleta e acabou recebendo a informação de que o jogador estava liberado. Em sua nota, a entidade explica que a informação equivocada foi dada por um erro administrativo.
O outro motivo de uma não punição ao clube argentino se deve pelo fato de que nenhum dos quatro adversários da equipe na competição (Flamengo, Santa Fé -COL, Emelec -EQU e Racing - ARG) apresentou uma reclamação 24h depois do confronto contra o River, algo necessário para a punição de acordo com o artigo 19.3 do Regulamento Disciplinar da Conmebol.
Desta forma ficou definido que o River Plate não será penalizado pela escalação irregular de Zuculini, que cumprirá os seus dois de suspensão a partir de agora, ficando de fora do duelo de volta contra o Racing e de uma possível primeira partida pela quartas de final do torneio.
Comparando este caso com a situação santista com Carlos Sánchez, existem duas importantes diferenças que explicam o temor de uma punição para o clube brasileiro. Enquanto o River consultou a Conmebol pela situação de seu atleta, o time brasileiro confiou no que dizia o Comet, software da Conmebol que afirmava que o uruguaio tinha condições de jogo. Além disso, diferentemente do que aconteceu com o River, o adversário do Santos, o Independente da Argentina, realizou uma reclamação sobre a irregularidade do atleta menos de 24 horas depois da partida.