O Santos já arma um plano B para a negociação de permanência do atacante Robinho, emprestado pelo Milan até 30 junho. Se a estratégia inicial passa pelo envolvimento de Gabriel Barbos na negociação, a outra alternativa tem o zagueiro Gustavo Henrique como moeda de troca.
Gustavo, atualmente, é reserva de Werley na equipe, mas desperta interesse nos italianos há algum tempo. O clube detém 55% de seus direitos econômicos. Diferente de Gabriel, a ideia de um empréstimo anima, e muito, o estafe do atleta.
O presidente Modesto Roma Júnior viajará no próximo dia 11 para conversar com o Milan e tentar convencer os dirigentes a ceder Robinho em definitivo. O camisa 7 tem vínculo com os italianos até a metade de 2016 e permanência é dificultada pela dívida milionária do Santos com o jogador, a quem deve oito meses de direitos de imagem.
Alia-se a vontade de ter o seu principal ídolo atual o fato de precisar fazer caixa apesar das recentes rendas que entraram no clube: dos patrocínios pontuais, os R$ 3 milhões em premiações e a renda da final da competição.
Ao Terra , o empresário de Gabigol, Wagner Ribeiro, confirmou que o momento é de “reflexão” no plano de permanência até, pelo menos, os Jogos Olímpicos de 2016 e já agendou reunião definitiva no início da próxima semana, antes da viagem de Modesto.
Gabriel renovou contrato com o Santos até 2019 no fim de setembro do último ano. O convencimento para ficar contou com luvas atrativas e um salários com "agrados" ao jogador. Atualmente, o clube só detém 40% de seus direitos econômicos, já que 20% foram negociados pela última diretoria em um pacote com a Doyen Sports devido a dívidas relativas à venda do meia Felipe Anderson e do centroavante Leandro Damião.
O salário, por sinal, é um dos motivadores para a saída. O jogador ganhava R$ 60 mil mensais e recebe agora cerca de R$ 200 mil, com luvas (bonificação pela assinatura do contrato) de R$ 2 milhões diluídas no período, chegando a pouco mais de R$ 230 mil. Os ganhos ainda aumentarão de acordo com uma série de metas de produtividade inseridas - entre elas estão gols marcados, jogos, convocações para Seleções de base e conquistas - e ainda sofrerão reajustes automáticos por temporada.