O meio-campista Lucas Paquetá, da Seleção Brasileira, tem depoimento programado para a CPI das Apostas Esportivas na próxima terça-feira (29). Apesar disso, um dos seus parentes, que supostamente estaria envolvido no caso de manipulação de apostas, tenta escapar da colaboração. Afinal, os advogados do seu tio, Bruno Tolentino, enviaram um pedido de habeas corpus ao Superior Tribunal Federal (STF). A intenção é evitar sua colaboração em comissão um dia após a participação de seu sobrinho.
Os representantes jurídicos de Bruno alegam no envio do habeas corpus que ele foi chamado para dar depoimento como testemunha. Mesmo assim, o interrogatório vai ocorrer como se fosse um dos suspeitos. Com isso, o tio de Paquetá teria o direito de permanecer em silêncio e há uma exigência de respeitar a sua decisão.
A defesa, aliás, ainda expôs o entendimento ao STF que conduções opressivas a investigados a depor são inconstitucionais. Tal cenário envolve CPIs. Com isso, conclui-se que Tolentino não deveria receber punição, caso faltasse o depoimento. Vale ressaltar que o habeas corpus ainda não foi encaminhado a nenhum ministro da Corte.
Possível envolvimento de Paquetá e parentes em caso de manipulação de resultados
A convocação do tio de Paquetá ocorreu após a verificação que há um registro de transferência bancária, por meio de pix, de R$ 40 mil, ao atacante Luiz Henrique, do Botafogo, no início do ano passado. Na oportunidade, um dos atuais destaques do Glorioso atuava pelo Real Betis, da Espanha. Naquela época, o jogador recebeu alguns cartões amarelos no Campeonato Espanhol. Cenário que levantou suspeitas.
Desta forma, em momento posterior, Luiz Henrique chegou a ser alvo de investigação pela Federação Espanhola, mas houve arquivamento do caso. Por outro lado, a Federação Inglesa de Futebol promove um inquérito sobre a conduta de Paquetá. Especialmente pela possível influência em partidas da Premier League ao forçar punições com cartões.
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