Há exatos dez anos, o surf brasileiro vivia um momento histórico que ecoaria por gerações. Em 19 de dezembro de 2014, Gabriel Medina tornou-se o primeiro brasileiro a conquistar o título mundial de surfe pela World Surf League (WSL). Com apenas 20 anos, o jovem de Maresias quebrou barreiras e inscreveu seu nome na história, abrindo caminho para uma geração de talentos que transformaria o Brasil em uma potência mundial no esporte.
A temporada de 2014 foi marcada por atuações brilhantes de Medina, que desafiou gigantes como Kelly Slater e Mick Fanning. O título veio em Pipeline, no Havaí, um dos templos sagrados do surfe. Mesmo sob pressão, Medina mostrou frieza e técnica impecável, garantindo sua vitória com performances que impressionaram tanto juízes quanto fãs ao redor do mundo.
A conquista não foi apenas pessoal; ela simbolizou o nascimento da chamada "Brazilian Storm", a tempestade brasileira que dominaria o cenário do surfe nos anos seguintes. Medina inspirou jovens atletas como Ítalo Ferreira e Filipe Toledo, que também alcançaram o topo do mundo.
Sua vitória mudou a percepção do esporte no Brasil, atraindo patrocínios, investimentos e uma nova legião de fãs. Para muitos, 2014 foi o início de uma era dourada para o surfe brasileiro, consolidando o país como um dos mais respeitados no circuito mundial.
Gabriel Medina não é apenas um campeão; ele é um símbolo de superação, persistência e paixão. Uma década depois, o Brasil continua celebrando o jovem que mostrou ao mundo que o talento brasileiro pode brilhar em qualquer onda.
Brazilian Storm
Hoje, dez anos depois, o impacto de Medina no surfe é inegável. De lá pra cá, apenas em três campeonatos não teve um brasileiro no topo. Logo no ano seguinte ao título de Medina, Adriano de Souza, o Mineirinho, deu sequência à Brazilian Storm se tornando campeão mundial pela WSL em 2015. Uma pausa em 2016 e 2017, com os títulos do havaiano John John Florence, até Gabriel Medina voltar a vencer em 2018, seguido por Ítalo Ferreira em 2019.
Por conta da pandemia de Covid, o circuito mundial foi cancelado. No entanto, em 2021, o torneio voltou com força total, mostrando que os brasileiros ainda eram favoritos, com Gabriel Medina conquistando o tricampeonato. Depois, Filipe Toledo teve duas vitórias consecutivas conquistando o mundial em 2022 e 2023. Agora em 2024, John John Florence voltou a vencer, agora com Ítalo Ferreira na final.
Isso tudo sem contar as Olimpíadas. Nos Jogos de Tóquio, Ítalo Ferreira ficou com a medalha de ouro, enquanto Medina ficou na quarta colocação. Já em Paris, os brasileiros João Chianca e Gabriel Medina se enfrentaram nas quartas de final, com vitória do tricampeão mundial, que parou nas semifinais.