Tia Beatriz Haddad Maia começou bem sua incursão de aulas na creche de Melbourne Park, no Australian Open.
Linda Fruhvirtova, 18 anos, 85ª do mundo. Primeiro obstáculo superado nesta segunda-feira. Na quarta-feira mais uma menina pela frente, Alina Korneeva, de 16, que veio do quali. Terceira rodada com possibilidade de ser Maria Timofeeva, de 20.
Brincadeiras à parte, é a nova geração que vem chegando forte para o torneio e para o circuito e algo difícil de se lidar. Elas jogam com maior ímpeto, sem pressão e representam uma dificuldade a mais para uma jogadora 12 do mundo, como é a brasileira.
Nesta segunda (15), a oponente tinha uma pressão também, a de defender oitavas do ano passado. Essa derrota vai custar caro no ranking para ela, uma queda e perdendo alguns eventos importantes do calendário daqui por diante. Para Bia, igual é a responsabilidade de vencer e a estreia em um Grand Slam que não é fácil.
Apesar da derrota no segundo set com elevado número de erros não-forçados, 21, Bia soube dar a volta por cima e voltar aos trilhos da primeira etapa para vencer. Confessou ter sentido o nervosismo, mas sem jogar seu melhor venceu. E isso é uma grande notícia. Disse não ter sido tão agressiva como gostaria, mas os números mostram maior número de winners do que de erros (39 contra 37) - talvez tenha ficado com a impressão do que ocorreu no segundo set.
Vai ter que usar a experiência novamente na próxima rodada e minimizar as oscilações. Korneeva vai muito para o risco, dá muitos pontos de graça, mas ao mesmo tempo busca o winner com mais frequência. É questão de tomar iniciativa, mas também buscar o equilíbrio da paciência e consistência para colocar uma bola a mais .
O saldo foi positivo e agora é ir para o próximo desafio.
Curtinhas:
É a quarta vez de Bia Haddad na segunda rodada em Melbourne repetindo 2018, 2019 e 2022. Vai tentar pela primeira vez a terceira rodada. Em Slams no piso duro ainda não conseguiu tal feito.
Soma sua 18ª vitória em Grand Slams.