Por quase duas décadas, nos anos 70 e 80, Roberto Dinamite e Zico foram os protagonistas do futebol carioca. Eram os reis do Maracanã e a grande referência respectivamente de Vasco e Flamengo. Assim como seu colega do Rubro-Negro, Dinamite era um exímio cobrador de faltas e de pênaltis. Autor de belos gols, ele aliava técnica e boa condição física.
Tornou-se ídolo do Vasco, onde conquistou vários títulos. Mais tarde, acabaria homenageado com uma estátua em São Januário. Dinamite chegou à Seleção brasileira em 1975, no rastro do timaço do Vasco que ganhou o Brasileiro de 1974, no qual foi o artilheiro. Jogou 38 vezes com a camisa canarinho e marcou 26 gols.
Foi titular na Copa do Mundo de 1978 e marcou três gols naquela edição, realizada na Argentina. Em 1982, no Mundial da Espanha, figurou como reserva e não entrou nenhuma vez em campo. Atuou na vida política do Rio como deputado estadual por cinco mandatos consecutivos e presidiu o Vasco de 2008 a 2014.
Entre tantas marcas históricas, Dinamite foi o maior artilheiro do Vasco, com 708 gols, em 1.110 partidas – outro recorde no clube. É até hoje o jogador que mais vezes marcou no Brasileiro: 190 vezes. No campeonato nacional, além de 1974, conseguiu o topo da artilharia em 1984.
De temperamento sereno, buscava resolver impasses na base do diálogo. Muito querido no Vasco e fora do clube, Dinamite gozava da admiração e respeito dos torcedores dos outros clubes do Rio. Aos 68 anos, ele morreu neste domingo, em decorrência de um câncer no intestino.
“Roberto Dinamite foi um dos maiores jogadores da história do nosso futebol. Além de entrar para a bela história do Vasco, ele encantou os fãs do futebol em todo o mundo. A CBF se solidariza com os familiares e com os fãs do artilheiro”, declarou em nota oficial o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.