O episódio envolvendo o Madureira e o Vasco, na véspera do confronto entre as equipes em Manaus, evidenciou um comportamento irresponsável e desrespeitoso da parte do clube cruzmaltino. Ao responder à acusação do Madureira de ter impedido o compartilhamento do voo para a capital amazonense, o Vasco se utilizou de uma nota oficial agressiva, apelando para um tom de ataque desnecessário. Em vez de esclarecer de maneira profissional o ocorrido, a nota virou uma exposição de desprezo pela instituição do clube suburbano, com um excesso de ironia e alusões ao carnaval que não contribuem em nada para o debate.
Usar a alegoria de escolas de samba e a comparação com "um evento recreativo ou uma excursão" foi, no mínimo, uma falha de interpretação do que deveria ser o foco da resposta: a organização do evento. O Madureira, ao expor sua situação, apenas buscava entender a logística do jogo e a situação de viagem, algo que deveria ser resolvido de maneira simples e cordial. No entanto, ao invés de esclarecer os fatos de forma objetiva, o Vasco preferiu partir para uma postura hostil, em um claro desdém pela seriedade da queixa do adversário.
É importante lembrar que o Madureira, como qualquer outro clube, merece respeito em sua trajetória e em suas ações. Chamar a atenção para questões como essas não é sinal de fragilidade, mas sim de um clube que se posiciona de maneira assertiva em um cenário em que frequentemente é deixado de lado. Em vez de combater com desdém, o Vasco poderia ter abordado a situação com mais respeito, evitando a criação de um ambiente de animosidade entre as partes.
A postura adotada pelo Vasco não só foi desnecessária, como também evidencia uma falta de sensibilidade com o futebol carioca como um todo. O Madureira, assim como o Vasco, tem história e merece ser tratado com o devido respeito, sem que suas questões sejam tratadas com leveza ou desprezo.