A Confederação Brasileira de Voleibol publicou neste domingo uma nota de repúdio em seu site oficial após a atleta Carol Solberg se manifestar contra o presidente Jair Bolsonaro ao conceder entrevista passada a vitória na decisão do terceiro lugar da etapa de Saquarema do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia.
Depois da vitória, Carol Solberg soltou um "fora, Bolsonaro" ao ser entrevistada ao vivo. A CBV, no entanto, não gostou da postura da atleta e fez questão de tornar pública essa sua insatisfação através de um comunicado oficial.
Carol Solberg ficou com a medalha de bronze em Saquarema
"A CBV gostaria de destacar que tomará todas as medidas cabíveis para que fatos como esses, que denigrem a imagem do esporte, não voltem mais a ser praticados", escreveu a CBV.
O problema é que a palavra denegrir é tida como racista pelo fato de se referir a algo negro como pejorativo, o que gerou mais indignação nas redes sociais, já que muitos não concordaram com o repúdio da CBV às manifestações políticas de Carol Solberg.
Muito da preocupação da entidade com o posicionamento da atleta também tem a ver com o patrocínio do Banco do Brasil, principal apoiador do vôlei nacional atualmente. Com as críticas ao presidente, a CBV teme que Bolsonaro possa acabar cortando a parceria como forma de represália.