A torcida do Cruzeiro não deixou sua equipe de coração esquecida nem mesmo quando o esporte é vôlei. Em partida complicada na noite desta sexta-feira, contra o Al-Rayyan, no ginásio Mineirinho, em Belo Horizonte, vários foram prestigiar o time na semifinal do Mundial da modalidade, que é disputado durante esta semana na capital mineira.
Os gritos deram um ar de futebol: geralmente os cantos de apoio ao time dados no estádio foram usados também para o vôlei. O tradicional “Nós somos loucos, somos Cruzeiro”, foi cantado por diversas vezes.
No vôlei, entretanto, a torcida conta com um ingrediente maior. Muitas crianças e adolescentes, garotos e garotas, estavam presentes, algo pouco comum no futebol por conta da exagerada violência do país. Com isso, os gritos das ganharam ainda mais força.
Quase rouca de tanto gritar em apoio aos jogadores do Cruzeiro, a estudante Aline Souza falou de sua alegria de presenciar no Mineirinho uma partida de vôlei. “Eu amo vôlei e amo o Cruzeiro. O time, pra mim, é a melhor coisa que criaram. Estou muito feliz de estar aqui”, disse a jovem.
A garota disse que está confiante no título e disse que pretende também acompanhar a final, se o Cruzeiro avançar, no ginásio. “O time do Cruzeiro é muito bom, acho que vamos conseguir chegar até a final. Vou vir aqui, com toda certeza”, gritou.
“Ela é Galo e eu sou Cruzeiro”
No meio da torcida do Cruzeiro, a reportagem do Terra encontrou uma situação diferente: um casal acompanhava a partida, entretanto, a mulher é atleticana e o homem cruzeirense. Com muito bom humor eles conversaram com a equipe e falaram sobre o Mundial.
O engenheiro Guilherme Santos disse que a sexta-feira está perfeita, pois conseguiu trazer a esposa que é atleticana para o jogo de vôlei do Cruzeiro. “O Cruzeiro mostra um grande voleibol neste ano, eu tenho acompanhado bastante. Então eu consegui trazer até minha esposa que é atleticana para acompanhar a partida”, disse aos risos.
A mulher, Cristina Santos, funcionária pública, reconheceu que o time celeste é bom, mas garantiu que só está no ginásio por conta do vôlei, que é seu esporte predileto. “Eu gosto demais de vôlei, só”, falou sorrindo. “Meu coração atleticano diz que eu tenho que torcer contra, mas meu lado mineiro pede para eu torcer pelo Cruzeiro”, finalizou.