O mês de junho é marcado por manifestações da comunidade LGBTQIA+, uma vez que é considerado o Mês do Orgulho. Para ajudar na voz de uma minoria que sofre silenciamento diário, o Game On separou uma lista de jogos que dão importância à temática LGBTQIA+. Apesar do frequente boicote à comunidade, a resistência consegue forçar o seu espaço de direito e ganha representação em alguns games.
Por que junho é o mês do Orgulho LGBTQIA+?
Durante o ano de 1969, na cidade de Nova York, policiais cometeram atos de violência contra o público LGBT que estava presente no bar Stonewall. As pessoas que estavam dentro do local, frequentadores e outras pessoas da comunidade que presenciaram o ato, resistiram por dias, recebendo todo o suporte contra os atos discriminatórios. Uma das pessoas mais importantes neste ato, a travesti e ativista Marsha P. Johnson, é lembrada com seu devido mérito até hoje como pioneira no ativismo da comunidade LGBTQIA+.
Unsighted
Desenvolvido pelo estúdio brasileiro Pixel Punk, Unsighted é um metroidvania que se passa em um futuro distópico, onde existem apenas andróides no planeta. Para se manter vivos, estes autômatos consomem Anima, uma substância que está em falta no planeta. Sem ela, os andróides ião enlouquecer e se transformar em Unsighted.
Tiana Pixel, uma das desenvolvedoras por trás do game, é uma mulher trans que, antes mesmo do lançamento de Unsighted, declarou seu desejo de trazer uma abordagem diferente. Segundo ela, a adaptação de personagens trans no mundo dos games sempre foi problemática. Dessa forma, uma das missões no desenvolvimento de Unsighted foi trazer a temática LGBTQIA+ de um jeito consistente e sem cair em estereótipos.
Gone Home
Com uma pegada de suspense e investigação, Gone Home apresenta Katie, uma jovem que retorna à casa de seus pais e a encontra vazia e abandonada. O detalhe é que no local se encontra um bilhete que pede para que a mulher não investigue o que aconteceu por ali. Mas, é claro que a missão dos jogadores é descobrir o mistério por trás da família de Katie.
O jogo foi aclamado pela comunidade LGBTQIA+ por retratar situações comuns para o grupo. É difícil entrar em detalhes sem dar nenhum spoiler, mas o game acerta no mistério e também no tom em que conta a história.
Life is Strange
Lançado em 2015, Life is Strange deu início a uma franquia baseada em episódios e onde as escolhas dos jogadores determinam o andar da narrativa, bem como o final da mesma. A protagonista, Max Caulfield, não se enxerga na sociedade e, além disso, ganha poderes que a fazem se sentir ainda mais deslocada. Com o passar dos episódios, a franquia abordou a sexualidade de Max como uma parte preponderante na narrativa.
Unpacking
Um dos tesouros escondidos no Xbox Game Pass, Unpacking é um jogo independente de 2021 que traz uma jogabilidade simples. O objetivo é desembalar a mudança da personagem principal em suas diferentes fases da vida. Dessa forma, o game conta, de um jeito sutil, as diferentes épocas da protagonista. Em determinado momento de Unpacking, o jogo aborda a temática LGBTQIA+ de uma forma sensível e realista.
Dream Daddy
Claro que alguns jogos abordam as partes difíceis da comunidade LGBTQIA+, mas Dream Daddy atua para um lado mais descontraído do tema. Em tradução literal, o nome do game é o mesmo que "papai dos sonhos". O enredo? O protagonista é um pai solteiro que se muda e passa a ter como objetivo namorar todos os outros pais bonitões de sua nova cidade. E tem pai para todos os tipos de gosto, desde emos, até os mais sérios e padrões.
