Enquanto no Wii a coletânea de minigames Wii Sports serviu como uma excelente demonstração das capacidades únicas do aparelho, o novo Nintendo Switch Sports chega para expandir e dar uma variada boa no leque de opções do Switch, ainda que de forma tímida.
Construído em cima da base do revolucionário título do Wii, Switch Sports usa os sensores de movimento dos controles Joy-Con para dar vida a seis modalidades esportivas disponíveis logo de cara: os já conhecidos tênis, boliche e chambara (uma disputa com espadas) e as novidades futebol, vôlei e badminton.
Sucesso direto do Wii
As competições já conhecidas funcionam da mesma maneira como era no Wii Remote, com movimentos simples do joy-con que exigem mais timing do que exatamente precisão no movimento. Vale o mesmo para o vôlei e o badminton, ficando o futebol como uma bem vinda e elaborada adição. Em tempo, ainda que o jogo funcione no Switch Lite, ele exige controles Joy-Con separados para ser aproveitado.
Com disputas de times 4-contra-4, o futebol da Nintendo traz um campinho diminuto em que a bola nunca sai do campo, a não ser quando acontece um gol. As disputas são rápidas e exigem algum tempo até dominar movimentos, estratégias e aprender a coordenar os colegas de equipe - na prática, lembra muito o delicioso Rocket League.
Aliás, no futebol é possível jogar prendendo um dos controles à própria perna para fazer efetivamente o movimento de chute para fazer o mesmo no game. Serve o acessório que veio junto com Wii Fit, mas a edição física do Nintendo Switch Sports também traz o apetrecho.
Tudo é muito bem feito e divertido, com cenários lindo e até novos avatares mais charmosos do que os antigos Miis (que também podem ser usados no game), resultando em um título perfeito para jogar com mais pessoas em casa ou até em partidas online, que ao menos nas semanas perto do lançamento funcionaram muito bem.
Diversão rasa
No entanto, a falta de variedade acaba incomodando.
O jogo até se esforça ao oferecer itens diversos que podem ser obtidos conforme se joga e permitem mudar o visual dos bonequinhos, elemento reforçado pelo fato de as seleções de itens ficarem disponíveis apenas por tempo limitado, em temporadas, mas eu sinto que é pouco. Especialmente ao se levar em conta que o game foca em promover disputas online para acumular mais moedinhas e trocar por itens, ou seja, é uma estrutura que precisa de muitas pessoas jogando com frequência.
Vale notar, parece um problema que a Nintendo tem consciência desde antes do lançamento, que já mesmo antes do game sair a empresa já anunciou que vai adicionar golfe ao catálogo de modalidades. Além disso, considerando o histórico recente da Nintendo com seus jogos no Switch é de se esperar sim que mais conteúdo chegue, seja de forma paga ou gratuita.
Avanços no Brasil
Por fim, falando mais especificamente aqui do Brasil, é muito gratificante ver a Nintendo se esforçando para seguir trazendo jogos em português do Brasil. Nintendo Switch Sports chega totalmente localizado, com textos e vozes em nosso idioma.
Não se trata de um trabalho de grande volume como seria um jogo de RPG ou Animal Crossing, por exemplo, mas ainda é melhor do que se nada tivesse sido feito. Além disso, o fato parece apontar uma estratégia da Nintendo de localizar games com foco no multiplayer, já que antes de Switch Sports tivemos Mario Party Superstars em PT-BR e no futuro já está confirmado o Mario Strikes: Battle League também com localização.
Outra novidade e avanço para o nosso mercado local é que Nintendo Switch Sports está disponível em mídia física por meio de um varejista com grande distribuição e com o acessório para prender o Joy-Con à perna. Parece ser apenas algo pontual e não sugere qualquer tipo de compromisso da Nintendo em manter os lançamentos em cartucho aqui no Brasil, mas ainda é melhor do que se nada tivesse acontecido e mostra que há caminhos para fazer isso acontecer.
*Nintendo Switch Sports foi analisado em um Nintendo Switch com uma cópia gentilmente cedida pela Nintendo.