Lançado originalmente em novembro de 2016, Assassin’s Creed: The Ezio Collection é uma coletânea com os três jogos protagonizados por Ezio Auditore de Firenze, Assassin’s Creed II, Assassin’s Creed Brotherhood e Assassin’s Creed Revelations, todas as DLCs lançadas e dois curta-metragens que consolidam a saga do Mestre dos Assassinos.
Para muitos fãs, esse pacote reúne o que há de melhor em Assassin's Creed, e agora está disponível para Nintendo Switch.
A coletânea coloca o jogador em contato com a história, já bem conhecida pela comunidade, em ordem cronológica: Lineage, um curto prólogo live-action, seguido pelos três jogos ambientados na Itália e em Constantinopla e terminando em Embers, um curta animado que funciona como epílogo. É possível baixar os jogos separadamente, o que é bem-vindo ao notarmos que todo o conteúdo exige mais de 50GB de espaço em disco.
The Ezio Collection chegou ao Nintendo Switch em fevereiro com poucas novidades, mas cumpre todos os requisitos para agradar os fãs da saga.
Gráficos e recursos
Graficamente, a coletânea faz bonito no híbrido da Nintendo. Mesmo que não traga grandes inovações em relação aos originais - o que seria desnecessário - a desenvolvedora fez um belo trabalho de otimização e os três jogos rodam perfeitamente em alta resolução e mantém uma taxa constante de 30 quadros por segundo. Os gráficos estão mais bonitos, as texturas bem mais polidas do que os originais e, além disso, a melhoria nas cutscenes é notável, com rostos mais detalhados e mais “orgânicos”. Embora existam momentos em que seja necessário abrir concessões, justificadas pela limitação de hardware do Switch, a experiência se mantém bastante fluida e imersiva.
É claro que não é possível traçar comparações com jogos da geração atual, mas nem devemos: enquanto a coletânea já existe há mais de cinco anos, os originais chegaram ao mercado há pelo menos 10 e, considerando isso, muitos podem achar os gráficos datados - embora isso esteja longe de ser um problema.
Uma adição interessante é o suporte à tela sensível ao toque do console. O recurso funciona bem, agilizando o tempo gasto nos menus e, somado à HUD otimizada, torna toda a experiência mais prática. Outra novidade é o HD Rumble, que funciona de maneira bem básica e não chega a ser um destaque.
Jogabilidade
The Ezio Collection não inova quando o assunto é jogabilidade. Todas as mecânicas que consagraram o início da franquia estão presentes, incluindo o sistema de combate com elementos furtivos e o sistema de parkour clássico que permite escalar construções e explorar todo o mundo aberto também pelo alto.
Mas é também na jogabilidade que alguns problemas aparecem. Não é raro perceber input lags que prejudicam tanto o combate quanto a exploração. O problema afeta todos os três jogos e deixa algumas ações básicas muito mais complicadas do que devem ser, o que chega a ser frustrante em vários momentos.
Outro problema recorrente é em relação à inteligência artificial do jogo: não é raro ver algum NPC bloqueando o caminho do Assassino, o que afeta de maneira inconveniente a progressão em diversas missões e pode ser percebido até mesmo em cutscenes. Esses problemas não tornam o jogo injogável, mas é um alívio saber que poderão ser corrigidos em atualizações futuras do jogo.
Considerações
Assassin’s Creed: The Ezio Collection para Nintendo Switch é um bom exemplo de port, rodando sem engasgos e trazendo poucas mudanças em relação aos originais. A narrativa dispensa apresentações e é memorável, mesmo com alguns momentos mais arrastados. Embora a jogabilidade tenha alguns problemas e o modo multijogador tenha sido retirado dos jogos, esses detalhes não chegam a comprometer a experiência.
A coletânea funciona bem tanto como porta de entrada para novos membros do clã de assassinos como para veteranos na saga que querem reviver a saga no portátil. Assassin’s Creed: The Ezio Collection está disponível para PlayStation 4, Switch e Xbox One.
*Esta análise foi feita no Nintendo Switch com um cópia gentilmente cedida pela Ubisoft Brasil.