Dragon's Dogma 2: Jogamos a 1ª hora do novo RPG da Capcom

Game apresenta mundo de fantasia sombria da produtora japonesa para uma nova geração de jogadores

13 nov 2023 - 17h24
Dragon's Dogma 2 promete centenas de horas de aventura épica
Dragon's Dogma 2 promete centenas de horas de aventura épica
Foto: Capcom / Divulgação

Quando se fala em RPG de fantasia sombria hoje em dia, automaticamente se pensa em jogos ao estilo 'Dark Souls', mas nem sempre tão simples foi assim definir quem era o representante máximo da categoria. Houve uma época em que a Capcom tinha um jogo imbatível na categoria: Dragon's Dogma.

Lançado para PlayStation 3 e Xbox 360, o jogo conquistou fãs fiéis e recebeu uma caprichada remasterização na geração seguinte, que incluiu também a expansão Dark Arisen. É até hoje um dos melhores games que você pode jogar nesse gênero, com uma ambientação única e mecânicas exclusivas, tanto com seu sistema de Pawns quanto no combate, entre vários outros detalhes.

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Dragon's Dogma 2 preserva cada um dos principais elementos do jogo original, trazendo algumas boas novidades e leves mudanças (agora você tem quatro habilidades para ativar no controle, ao invés de seis) que parecem pensadas para simplificar um pouco a ação.

Combate e aventura

O sistema de combate não é tão preciso ou elegante quanto o dos jogos da FromSofware, mas é inegavelmente divertido
Foto: Capcom / Divulgação

A demonstração que o Terra Game On jogou à convite da Capcom, permitia experimentar trechos do jogo com três classes diferentes: Archer, Fighter e Thief. Cada classe possui seu próprio conjunto de armas e habilidades, que mudam completamente como o jogador aborda o combate - e há muito contra o que lutar, então é importante escolher bem sua classe inicial!

A protagonista que selecionei contava com quatro ataques diferentes com seu arco e flecha, além de golpes de combate corpo a corpo (uma legítima voadora, perfeita para chegar na briga em grande estilo, por exemplo) e a opção de agarrar outras criaturas, seja para arremessá-las ou para montar em suas costas - em alguns casos, escalar mesmo uma fera mais grandalhona), golpeando enquanto sobe e tenta se segurar para não ser jogado longe.

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Seus companheiros, vindos de outras classes, davam uma boa amostra do que cada uma faz: o mago nos curava entre os combates e lançava mísseis flamejantes nos goblins. O guerreiro, vindo da nova raça leonina do jogo, era capaz de colocar o oponente no chão e distribuir golpes como um lutador de MMA furioso (e vestindo uma armadura de placas) faria em uma situação dessas.

Ao invés de saltar entre um personagem e outro, optei por jogar com a Arqueira, que era a personagem de nível mais baixo, por todo o tempo da demonstração. Foi praticamente uma hora de jogo, em que foi possível realizar diferentes tarefas e me meter em muitas confusões.

Você pode formar um grupo com companheiros criados por outros jogadores
Foto: Capcom / Divulgação

Nessa uma hora de jogo, minha Arqueira descobriu como invocar novos Pawns (os companheiros controlados por IA, sempre prontos para lutar, curar ou dar conselhos e revelar pontos interessantes do mapa). Lutamos contra goblins e hárpias, principalmente, em diferentes encontros pelas estradas rumo à Capital. Uma emboscada na estrada, que envolveu um bando de goblins e uma avalanche nos levaram a uma grande mudança no caminho, que terminou na exploração de uma caverna totalmente fora da rota da missão, com direito à tesouros e muita pancadaria.

Também aprendemos a montar acampamento e cozinhar para recuperar as energias. Aqui, vale um adendo: a comida em Dragon's Dogma 2 é quase pornográfica de tão bonita. Uma peça de carne assando na fogueira me fez questionar se tinha sido inserida por vídeo ou se era uma criação do motor gráfico RE Engine - o mesmo de Resident Evil 4 e do último Devil May Cry - de tão bem feita. Ou talvez eu só estivesse com fome, fica aí o questionamento.

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Da pior forma para minha arqueira, aprendi que tentar cruzar os rios à nado é uma péssima ideia que termina de forma horrível. Quando for jogar, não tente. Ou tente, só para ver o que acontece.

Há muito o que explorar em Dragon's Dogma 2 e suspeito que não vi nem 1% do mapa nessa primeira hora. Mas algo que pude conferir foi como o jogo muda quando os aventureiros deixam a segurança do acampamento para explorar as estradas e campos depois do anoitecer.

A noite é escura e cheia de horrores

Não deixe a paisagem bucólica te enganar: viajar durante a noite em Dragon's Dogma 2 é para os fortes de coração
Foto: Capcom / Divulgação

Nesses mais de dez anos desde que Dragon's Dogma foi lançado, nunca vi um jogo que tivesse uma  noite tão escura e tão cheia de horrores quanto o RPG da Capcom, e sua continuação faz jus a essa fama. Os mortos se levantam nas estradas e o jogador mal enxerga além da pequena área iluminada por sua lanterna - enquanto tiver óleo para queimar. Se arriscar na mata durante a noite é só para os mais corajosos (e insanos) entre os jogadores de Dragon's Dogma 2. 

É difícil jogar os encontros de combate na escuridão e não lembrar de Berserk, o mangá que inspirou muitas das ideias do RPG da Capcom - e também da concorrente FromSoftware - mas, infelizmente, não posso dar detalhes da narrativa de Dragon's Dogma 2 neste momento.

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Gostinho de 'quero mais'

Quando aquela primeira hora de ação e aventura chegou ao fim, ficou a vontade enorme de continuar jogando, imaginando tudo o que há para descobrir além das colinas onde a aventura teve início - e essa é a maior qualidade que um jogo desses pode ter.

Dragon's Dogma 2 está em desenvolvimento para PC, PlayStation 5 e Xbox Series X/S, com lançamento previsto para algum momento de 2024.

Fonte: Game On
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