Por conta das novas tecnologias utilizadas no desenvolvimento, os jogos estão cada vez mais impressionantes visualmente. Porém, belos gráficos já não são mais o suficiente, principalmente em jogos que desejam manter a atenção da sua base de jogadores por um longo período. Este é o caso de The First Descendant, um RPG sul-coreano que sofre com uma grave falta de identidade.
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Premissa genérica
Em The First Descendant, você é um “descendente”. Ou seja, seu personagem divide o DNA com uma raça de seres poderosos que comandava o planeta no passado. Por conta dessa ligação, você ganha acesso a poderes especiais, que devem ser utilizados na luta contra a invasão de uma raça alienígena humanoide.
O líder destes alienígenas está a procura das Ironhearts, aparelhos mecânicos que escondem um poder ancestral. No início do jogo, você recebe a simples missão de encontrar uma Ironheart e levá-la em segurança para a Capital. Mas é claro que tudo dá errado.
A Ironheart é capturada pelos alienígenas, que utilizam o raro equipamento para invocar uma poderosa arma de guerra mecanizada, levando o jogador para a primeira grande batalha de The First Descendant.
A luta é visualmente interessante, mas a jogabilidade é tão divertida quanto ver tinta secar. O jogo apresenta mecânicas parecidas com Destiny, ou seja, além das diferentes armas equipadas em seu arsenal, também é possível lançar poderes exclusivos da sua classe contra os inimigos. Porém, The First Descendant faz isso de uma forma tão básica que é difícil sentir vontade de experimentar os diferentes poderes.
Ainda assim, é importante notar que The First Descendant tem um diferencial: o gancho. Este gancho pode ser utilizado para alcançar locais altos, puxar inimigos e, no caso da batalha contra chefes, balançar e "voar", no melhor estilo 'Attack on Titan'. No entanto, a novidade perde o charme rapidamente e não tem tanta importância na jogabilidade geral do jogo.
Um RPG medíocre
Após a batalha inicial, você é levado ao HUB do jogo, onde é possível se encontrar com outros jogadores, participar de missões, criar armas, equipamentos, e por aí vai. Após conversar com o líder da sua facção, é possível viajar para diferentes regiões abertas com diversas missões disponíveis.
Infelizmente, essas missões são extremamente repetitivas e consistem em caçar e eliminar diferentes inimigos espalhados em algumas regiões do mapa. A inteligência artificial dos inimigos deixa a desejar, o que torna a jogabilidade do mundo aberto medíocre e sem muita criatividade.
Porém, nem tudo é triste. O jogo oferece uma boa seleção de personagens jogáveis, cada um com seus poderes e técnicas exclusivas, e a forma de desbloqueá-los poder ser o suficiente para manter o jogador no bom e velho “grind”, marca registrada dos MMORPGs.
Conclusão
The First Descendant é um jogo com belos gráficos, mas a falta de um combate satisfatório e missões genéricas acabam pesando ao pensar no escopo geral do jogo. Felizmente, o jogo continua em fase BETA, e eu torço para que as reclamações feitas sejam corrigidas até a data do lançamento final.
The First Descendant estará disponível para PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X|S.