Avatar: Frontiers of Pandora será a primeira tentativa de grande porte de trazer o universo criado por James Cameron para o mundo dos games. Após dois filmes que impressionam pela qualidade visual, o jogo desenvolvido pela Ubisoft tem uma dura missão pela frente: conseguir adaptar o colorido e vívido planeta de Pandora nos videogames.
A boa notícia é que, pouco menos de dois meses antes de seu lançamento, Frontiers of Pandora parece extremamente bem polido em termos visuais.
Em sessão teste realizada para a imprensa, o Game On teve a oportunidade de testar algumas das missões principais do jogo. Além disso, foi possível explorar o ecossistema de Pandora, reconstruído das telonas para as telinhas. Conto mais sobre a experiência a seguir.
Tal pai tal filho: Jogo de Avatar impressiona nos visuais
James Cameron é conhecido em Hollywood por ser um idealizador sistemático e perfeccionista. Antes de Avatar, o mundo teve a oportunidade de se deleitar com grandes cenas em filmes como Titanic e O Exterminador do Futuro 2, dois excelentes exemplos do talento do diretor. Com Avatar, ele quis levar a experiência do público a outro nível.
A missão foi muito bem cumprida quando o filme se tornou a maior bilheteria de todos os tempos em 2009. A crítica especializada não foi muito fã da história criada e desenvolvida por Cameron, mas teve que se render aos visuais e ao mundo que o diretor colocou nas telonas. Digo isso para apontar que a franquia Avatar sempre carrega consigo uma grande expectativa no que diz respeito aos visuais. Em Frontiers of Pandora, fica claro que essa preocupação foi herdada pela Ubisoft.
Na demo jogada, é possível cumprir algumas missões, e todas elas possuem momentos que ressaltam muito bem o ecossistema, a fauna e a flora de Pandora. Alguns dos trechos disponíveis na versão de teste são compostos simplesmente por travessias entre as altas árvores daquele mundo. E o jogo te convence que estamos em um planeta bastante vivo – e colorido.
Com uma experiência direcionada, a demo nos coloca na pele da protagonista precisando domar seu primeiro Ikran – o dragão voador dos filmes. Todo o processo é utilizado para mostrar a cultura dos Na'Vi, o povo de Pandora, bem como para deixar claro que o game será uma bela peça visual. A recompensa é o primeiro voo com a criatura, onde a Ubisoft, inteligentemente, direcionou a gameplay da demo para que o momento nos deixasse boquiabertos.
Jogabilidade não é inovadora
Foi possível testar um pouco da exploração de Frontiers of Pandora nesta demo. O que posso dizer é que o mundo aberto parece que seguirá sim os moldes conhecidos em outros jogos da desenvolvedora, com inúmeras opções de colecionáveis espalhados por um vasto mapa. O pequeno diferencial desta vez parece ser a inserção da cultura de Pandora e deste mundo na exploração. É importante lembrar que os Na'Vi tem uma grande ligação com a natureza.
Embora os detalhes do mundo de Avatar estejam ali, as mecânicas são as velhas conhecidas pelos jogadores. Se em Assassin's Creed você tem um instinto de assassino para explorar o ambiente ao redor, em Avatar terá o senso apurado dos Na'Vi. Diferentes justificativas, mesmo resultado.
O mesmo pode ser dito do combate. Em uma das missões realizadas na demo, podemos optar por partir para uma trocação sincera, ou fazer as coisas de forma furtiva. Em ambos os casos, não existe nenhuma mecânica inovadora. Mas, tudo bem, desde que as coisas estejam bem feitas. Felizmente, esse é o caso de Frontiers of Pandora: o combate com armas de fogo é muito funcional, assim como o uso de arco e flecha.
A demo impressiona em termos visuais e me deu uma sensação parecida com a dos filmes. Ao assistir aos longas de James Cameron, relevamos os personagens e a história sem muita profundidade para curtir um mundo rico e vivo.
Avatar Frontiers of Pandora está previsto para 7 de dezembro e será lançado para PlayStation 5, Xbox Series e PC.