Se existe uma franquia que pode ostentar o título de tradicional, é sem dúvidas Dragon Quest. Presente nos consoles da Nintendo desde seu surgimento, em 1986, a série já conta com uma grande quantidade de títulos também no Nintendo Switch, e Dragon Quest Monsters: The Dark Prince reforça ainda mais a presença da série de Yuji Horii no híbrido da companhia japonesa.
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Monstros sombrios
A série derivada Dragon Quest Monsters nasceu com Dragon Warrior Monsters (na época, a série tinha o nome "Warrior" no ocidente), título lançado na transição entre Game Boy e Game Boy Color, em 1998 no Japão e 2000 no resto do mundo.
Essa época também é lembrada como o início da febre Pokémon, e embora Dragon Quest Monsters se inspire diretamente da série protagonizada pelo mascote Pikachu, a Enix expandiu o conceito de criação de monstros já existente em Dragon Quest V, originalmente lançado para SNES em 1992. Ao longo dos anos, a série Monsters apareceu em jogos lançados para todos os portáteis da Nintendo, e estava hibernando desde Dragon Quest Monsters: Joker 3, lançado em 2016 para Nintendo 3DS.
No Nintendo Switch, Dragon Quest Monsters: The Dark Prince apresenta a trama de Psaro, um poderoso príncipe que quer se vingar de seu maléfico pai, que o amaldiçoou com um sortilégio que o impede de causar dano a qualquer monstro. Para contornar a maldição, Psaro terá que se tornar um excepcional "Monster Wrangler" (Domador de Monstros, em tradução livre), e converter os mais poderosos monstros à sua causa.
Temos que pegar!
Apresentada a trama, o jogador ganha um monstro inicial baseado em um miniquestionário e rapidamente se situa na mecânica básica do jogo: derrotar outros monstros e capturá-los. É possível capturá-los de duas maneiras diferentes: usando a ação "scout" (examinar, em tradução livre) ou aceitando monstros que pedem para entrar no seu time após vencidos em batalha. Eles estão presentes e são visíveis nos mapas percorridos pelo jogador, similar a Pokémon Scarlet e Violet ou mesmo Arceus. Quem já jogou algum Dragon Quest se sentirá em casa, pois os monstros capturáveis fazem parte do bestiário já presente em toda a série.
Ao formar um time de até quatro monstros, o jogador poderá participar dos torneios Monster Brawl e, assim, avançar de nível e progredir também na trama de Psaro e de seus futuros companheiros de jornada. Assim como em outros Dragon Quest, as batalhas são bastante estratégicas. The Dark Prince dá ao jogador uma grande quantidade de possibilidades de ajustes de luta, assim como a distribuição de pontos que desbloqueiam habilidades especiais ou reforçam pontos fortes dos monstros.
Se em Pokémon a chave para o triunfo é a evolução das criaturas, em Dragon Quest Monsters o jogador gastará um bom tempo testando todas as possibilidades da mecânica de síntese de monstros. Ou seja, para obter algumas das criaturas mais poderosas, o jogador deverá combinar dois monstros para criar um novo que herdará as melhores características dos "pais". Com um total de mais de 500 monstros presentes no jogo, as possibilidades do jogador são quase infinitas.
Considerações
Dragon Quest Monsters: The Dark Prince é um título que cai bem tanto para os fãs de longa data da tradicional série da SquareEnix, quanto para aqueles que já fizeram de tudo nos últimos games Pokémon. Ainda que tecnicamente bem simples, os mundos de Terrestria e Nadiria, onde se passam The Dark Prince, são simpáticos e representam com eficiência os elementos típicos dos games Dragon Quest. Há um claro incentivo à exploração e mais na frente no jogo, batalhas épicas e bem desafiantes aguardam o jogador.
*Esta análise foi feita com uma cópia do jogo gentilmente cedida pela Square Enix
