Lançado originalmente em 2010, Red Dead Redemption não foi um sucesso de crítica e público por mero acaso. O jogo da Rockstar tem como pano de fundo uma história marcante o suficiente para manter o jogador preso por mais de 20 horas, e o DLC Undead Nightmare, incluído no pacote desenvolvido pela Double Eleven lançado recentemente no Nintendo Switch, traz ainda mais conteúdo — e conteúdo diversificado.
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Com algumas milhões de unidades vendidas mundo afora, Red Dead Redemption tem uma história que não é mais nenhuma novidade, ao menos não para a maioria dos jogadores. Ambientada no final da marcha para o oeste dos Estados Unidos, no ano de 1911, a narrativa acompanha John Marston, um pistoleiro que serve como fio condutor para mostrar as tantas transformações sofridas pelo país na época.
Enquanto tenta viver longe do crime ao lado de sua família no interior, Marston recebe uma inesperada visita do governo norte-americano que, na tentativa de assumir as rédeas da população pós-ocupação territorial, bate à sua porta e o obriga a caçar aqueles a quem um dia chamou de amigos — ou companheiros de gangue.
Esse é apenas o início de uma narrativa que sobreviveu bem ao teste do tempo. Mais de 13 anos se passaram desde o lançamento original até a chegada ao híbrido da Nintendo, mas Red Dead Redemption não perde sua força, mesmo que abuse um pouco da carga dramática ou perca o ritmo em alguns momentos. Nada disso prejudica a experiência,
E essa experiência se torna ainda mais recompensadora quando consideramos a quantidade de conteúdo disponível no jogo além das muitas missões principais. Há muitas missões secundárias e muita exploração — dividida entre três grandes territórios principais —, e tudo com uma diversidade que impressiona até mesmo para os padrões atuais. Além disso, o DLC Undead Nightmare diverte e cumpre bem sua proposta de diversificar ainda mais a experiência criada pela Rockstar.
Já as mecânicas de jogabilidade, como movimentação, controles ou câmeras, não envelheceram tão bem — ao menos os tiroteios continuam bastante divertidos. Não que elas sejam ruins, mas estão um pouco datadas. A física do jogo também passa longe de merecer elogios, principalmente nos passeios a cavalo. Mas esses são problemas que já existiam em 2010, e por termos em mãos um port com apenas algumas melhorias gráficas, é possível relevar um pouco esses detalhes — nesse caso, o problema mesmo fica por conta do preço: R$ 250, tanto na versão para Nintendo Switch como na de PlayStation 4.
Quando o assunto é desempenho, o Switch não deixa a desejar e faz bonito nos dois modos, principalmente no portátil. Red Dead Redemption era um jogo impactante em termos gráficos em seu lançamento e ainda mostra sua beleza, principalmente nos vastos cenários abertos — um suspiro de alívio depois da problemática trilogia de GTA lançada no final de 2021. Além disso, pela primeira vez o jogo tem localização em português brasileiro, que está muito bem feita e é extremamente bem-vinda para aqueles que querem conhecer um pouco mais os detalhes da história.
Considerações
O único ponto realmente negativo da versão para Nintendo Switch de Red Dead Redemption é o preço. O valor cobrado é alto demais para um port e deve afastar tanto aqueles que não conhecem a jornada de Marston quanto aqueles que sonham em revivê-la. Ainda assim, é uma experiência que vale a pena, principalmente pela excelente narrativa. Red Dead Redemption é um jogo que mereceu seu sucesso em 2010 e, agora, é uma excelente adição ao catálogo do Nintendo Switch.
Red Dead Redemption está disponível para PlayStation 3, PlayStation 4, Xbox 360 e Nintendo Switch.
*Esta análise foi feita com um código gentilmente cedido pela Rockstar
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