Imagine o seguinte: um jogo ambientado em uma cidade com ambientação vitoriana, cercada por homens, monstros, e criaturas humanoides que parecem ter saído diretamente do inferno. No centro de tudo, existe uma igreja e você, uma espécie de caçador.
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Por incrível que pareça, eu não estou falando de Bloodborne, mas sim de “The Last Faith”, um metroidvania fortemente inspirado pelo jogo da FromSoftware. Mas, será que é tão bom quanto?
Um belíssimo mundo gótico
A história de The Last Faith é contada através de fragmentos dos diálogos entre NPCs e a descrição das centenas de armas e itens disponíveis. Eryk é um homem doente que, após escapar de sua prisão, busca maneiras para se livrar dos seus sofrimentos. Melancólico, Eryk viaja por um mundo igualmente deprimente, que oferece um imaginário gótico-católico, um ambiente predominante na Europa no século XVI.
O pixel-art de The Last Faith é a estrela do jogo. Cada tela é rica em detalhes, desde o primeiro plano até o cenário do fundo, e oferece a melhor arte que vi em um metroidvania em muito tempo.
O jogo te bombardeia com novos cenários, monstros e chefes gigantescos, oferecendo uma progressão que recompensa tanto na jogabilidade, quanto na exploração. E o melhor, tudo gira em torno do combate viciante do jogo.
Um Hack‘n Slash vitoriano
The Last Faith, assim como outros jogos do gênero Soulslike, utiliza elementos de RPG para entregar um combate rápido, porém desafiador. A maioria dos recursos dos jogos da FromSoftware estão disponíveis no jogo, com a única exceção da barra de energia, o que proporciona uma jogabilidade mais frenética, sem a necessidade de parar de atacar para se recuperar.
Fora isso, o jogador tem total liberdade para atacar os inimigos com as diferentes armas disponíveis no jogo. Como em Bloodborne, é possível equipar espadas, armas de fogo e magias, que abrem um leque de possibilidades para enfrentar os desafios da forma que o jogador quiser.
O sistema de checkpoint é o padrão dos souls. Ou seja, se ganha essência ao matar inimigos, mas, caso morra, a essência será perdida, podendo ser recuperada ao retornar para o local da morte. Essa essência pode ser usada para comprar novas armas, equipamentos e, obviamente, subir de nível, num sistema já conhecido para fãs de Dark Souls.
A experiência do jogo é ótima, e o combate é visceral e desafiador. As batalhas contra os chefes são bem difíceis e oferecem aquela mesma sensação de gratificação após garantir uma vitória, mas o jogo se prende em muitos recursos já vistos em outros jogos do gênero, impedindo o espaço de experimentar com ideias realmente originais.
Considerações
The Last Faith oferece um mundo gótico metroidvania repleto de perigos para os fãs mais assíduos de jogos do gênero, porém falha em tentar oferecer ideias originais.
Mas não deixe se enganar, afinal, The Last Faith é um dos melhores metroidvanias disponíveis no mercado hoje. Com uma direção de arte impecável e batalhas memoráveis, o jogo tem tudo para se tornar um clássico cult em um futuro próximo
Esta análise foi feita no PC com uma cópia gentilmente cedida pela Playstack.