Vaas: Insanity tem experiência melhor do que a de Far Cry 6

DLC proporciona oportunidade única de entender passado do melhor vilão da franquia

18 nov 2021 - 19h10
(atualizado às 19h34)

A primeira DLC de Far Cry 6, Vaas: Insanity nos coloca na mente do emblemático vilão do terceiro título da série, Vaas Montenegro. Com uma experiência inspirada em roguelites, a expansão acontece nos pensamentos mais insanos dele, e precisamos encontrar uma forma de sair. É possível jogar solo, que foi o meu caso, ou em dupla no modo co-op.

Saiba mais sobre a DLC no review do GameON.

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Insanity tenta pintar Vaas de uma forma mais simpática, e consegue
Insanity tenta pintar Vaas de uma forma mais simpática, e consegue
Foto: Divulgação/Ubisoft

Passado perturbador

Vaas: Insanity proporciona uma oportunidade única de entender melhor o passado do vilão... Seus demônios pessoais e motivações - ainda que sejam extremamente distorcidas.

Para quem jogou Far Cry 3, a história se torna mais interessante, claro, pois Citra, que pode ser considerada uma segunda antagonista naquela campanha, está presente na DLC. Citra trai o protagonista, Jason, nos dois finais possíveis do terceiro jogo.

No entanto, por estar do lado oposto de seu próprio irmão, Vaas, ela passa praticamente todo o tempo bolando planos para matá-lo. Ou seja, obviamente ela habita os espaços mais profundos e obscuros da cabeça de seu irmão psicopata.

A visão que temos é realmente interessante em Insanity, principalmente nesta relação fraternal, que é explorada nos diálogos entre os dois (que acontecem como se Citra fosse uma espécie de "voz da consciência").

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Insanity tenta pintar Vaas de uma forma mais "branda", digamos assim, diferentemente do que fizeram com o personagem no pasado. Afinal, ao reviver as experiências pela visão dele, chegamos até a criar uma certa simpatia. Por exemplo, ele relembra sua morte pelas mãos de Jason, que é bem trágica, mas ao fundo escuta a risada sarcástica de sua irmã. É bem perturbador estar na pele dele.

No fim, é possível odiar e torcer pelo personagem ao mesmo tempo.

Roguelite não é para todos

O objetivo da DLC é encontrar as três partes que completam a Lâmina do Dragão Prateado, única forma  de escapar da mente de Vaas. Elas estão espalhadas pelo mapa, que é recheada de inimigos. É preciso limpar a área e os locais dos baús para desbloquear novas armas, adquirir dinheiro, e power-ups. E, acredite, você vai precisar dessas coisas.

Existe um nível de dificuldade bem alto. Os NPCs têm uma mira muito boa e não costumam errar os tiros e a cura tem um tempo para retornar enquanto estamos em combate.

Ou seja, este é um ponto bem complicado, pois a cada morte, retornamos ao início, sem armas e com menos dinheiro do que tínhamos. O ponto positivo é que, ao desbloquear power-ups, você se torna mais forte para progredir.

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Infelizmente, Vaas: Insanity tem um sistema roguelite bastante restritivo se você estiver pensando em gastar tempo nele, e oferece pouca oportunidade de exploração após a limpeza.

Em resumo, há uma questão importante: roguelite não é um estilo para todos, mas certamente é algo diferente em Far Cry. Eu considero um avanço, pois leva a franquia adiante. Algo que o próprio Far Cry 6 não conseguiu fazer.

Antagonistas são a base de Far Cry

Desde os primórdios da franquia, os vilões têm sido a base que sustenta as narrativas. Por mais que os roteiros das campanhas às vezes deixem a desejar, o ódio que adquirimos pelos tiranos que tentam matar os protagonistas de Far Cry nos leva adiante.

Na minha humilde opinião, Vaas é o melhor antagonista já criado pela Ubisoft e, em diversos pontos, a desenvolvedora conseguiu fazer um bom trabalho ao recapturar o espírito dele e aplicá-lo na DLC.

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Insanity serve como uma experiência necessária e não só como uma DLC, se você gosta da série. A construção de todo o contexto de narrativa é muito mais interessante do que a campanha de Far Cry 6. Como eu falei no review, a nota foi 7, mas poderia ter sido muito menos se não fossem as excelentes mecânicas e bom polimento do jogo.

Estes pontos acima me levam a concluir que a Ubisoft não dá ponto sem nó. Por exemplo, no meu caso, fiquei mais hypada por essas experiências das DLCs de vilões do que com o sexto título da série. E para muitas outras pessoas acredito que a situação seja a mesma.

Ou seja, os antagonistas seguem sendo a base que sustenta essa franquia, e agora a DLC é quase um item obrigatório para quem já jogou qualquer um dos jogos anteriores. Durmam com essa, inimigos do marketing.

Nota para a DLC Vaas: Insanity é 8,5
Foto: Montagem/GameON

O novo conteúdo chegará para Xbox Series S|X, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4 e PC, via Ubisoft Store e Epic Games Store, e Ubisoft+, serviço de assinatura da Ubisoft já disponível no Brasil. Para jogar Vass: Insanity é necessário ter o jogo base de Far Cry 6.

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*Esta análise foi feita com uma cópia cedida pela Ubisoft

Fonte: Game On
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