"Queremos democratizar o acesso aos eSports", revela diretor de El Hero

O diretor da Moonite Games revelou o que torna o battle royale brasileiro especial

11 out 2024 - 12h26
"Queremos democratizar o acesso aos eSports" revela diretor de El Hero
"Queremos democratizar o acesso aos eSports" revela diretor de El Hero
Foto: Divulgação / Moonite Games

El Hero é uma aposta grande no mercado mobile e também para os jogos brasileiros, pela primeira vez o jogo tem um estande na Brasil Game Show onde é possível jogar a beta do jogo tanto no celular ou PC.

Tive a oportunidade de conversar com Ramon, diretor da Moonite Games, o estúdio brasileiro responsável pelo El Hero, que compartilhou mais sobre o projeto e seu papel: "Estamos produzindo o jogo há 9 meses. Estou à frente da parte conceitual, da construção e de todo o caminho que o jogo está seguindo, assim como das direções que estamos explorando para o mercado, tanto brasileiro quanto mundial."

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Durante minha jogatina no estande, notei certas semelhanças com locais que remetem a alguns estados do Brasil. Sendo um jogo online que, sem dúvida, receberá mais atualizações, perguntei ao diretor se pretendem adicionar mais regiões ao jogo. Ramon explicou: "Atualmente, temos em torno de 8 locais específicos, com nomes próprios, como Porto Inseguro, a Central e a Capital. Todos esses nomes foram criados pela comunidade; lançamos a ideia no Discord e fizemos uma live para coletar sugestões."

Ramon continuou: “O mapa hoje tem 2,5 km², e nossa ideia é preencher ao máximo as regiões ainda vazias. A gente já tem, pelo menos, umas 4 cidades maiores, com mais loot e com estética que representa o Norte, o Nordeste e outras regiões do país. Nosso objetivo é realmente representar o máximo possível o Brasil e levar esse mapa para o mundo todo. Queremos testar como jogadores de diferentes partes do mundo reagem a esse mapa. Recebemos boas respostas do público russo e indiano, e discutimos sobre o jogo no Discord, sobre especialmente a estética que eles acham interessante e diferente do padrão atual, que costuma sempre ser muito inspirado nos EUA ou em outros países”.

Jogo receberá mais regiões no futuro
Foto: Reprodução/ Moonite Games

Perguntei ao diretor sobre os veículos que poderíamos ver na versão completa do jogo, além da bicicleta que foi adicionada na beta. Ele respondeu: "Nossa ideia é trazer veículos que o brasileiro usa no dia a dia. Moto, por exemplo, é algo que usamos bastante. Já trouxemos a bicicleta, e pensamos também em trazer skate. Queremos adicionar meios de transporte diferentes, que fujam do padrão."

Ele continuou: "Talvez um carrinho, uma picape, algo assim. Queremos trazer o máximo possível de carros. Existe a questão do licenciamento, mas a ideia é incluir veículos típicos do Brasil, como a Kombi ou o Fusca, que têm uma estética bem marcante no país."

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Luva de Pedreiro no jogo

Durante a feira, foi anunciado que Iran, mais conhecido como “Luva de Pedreiro”, receberia uma skin dentro do jogo. Perguntei ao diretor sobre o motivo de associar a imagem do projeto ao influenciador, e Ramon explicou:

"Como ele é um influenciador que veio do nada e se tornou grande, mantendo-se relevante até hoje, o El Hero também compartilha dessa proposta. É um jogo que, de certa forma, surgiu de um estúdio indie, um estúdio menor que começou com 4 ou 5 pessoas e, em menos de seis meses, cresceu para uma equipe de 40. Por isso, o Luva é uma figura importante para nós durante a produção, pois ajuda a reafirmar que também podemos levar o jogo para o mundo todo, assim como ele fez com sua imagem."

Foto: Divulgação/El Hero

O diferencial do El Hero

Questionei ao Ramon como seu jogo poderia se destacar no meio de outros gigantes do mobile e ele respondeu: "O primeiro ponto é a personalização. Você tem milhões de combinações disponíveis gratuitamente, não precisa pagar por skins; pode criar à vontade. Dá para mudar o nariz, os olhos, o gênero e outros detalhes, permitindo uma identificação bem legal."

"O segundo ponto é o marketplace, sendo algo que veio de outros jogos, como CS, Dota 2 e muitos títulos da Steam. Quisemos trazer isso de volta para o mobile, já que essa ideia se afastou um pouco, indo para o lado dos NFTs, o que não é o nosso caso. Nós não temos NFTs nem nada disso, mas queríamos que as skins fossem dos jogadores, e que eles pudessem monetizá-las. Assim, quem começou no Alpha ou Beta e comprou skins no início, daqui a 3 ou 5 anos, quando o jogo estiver em outros mercados, como os Estados Unidos, poderá monetizar essa venda em dólar e afins."

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Ramon continuou: "O terceiro é o Cash Game, que considero como o ponto de partida para tudo isso. A ideia é oferecer um jogo em que você possa entrar a qualquer momento e competir por dinheiro real. Por exemplo, em uma quarta-feira, às 15h, eu entro, dou play e consigo achar uma partida valendo R$ 1, R$ 5, R$ 100 ou até R$ 300. Queremos democratizar o acesso aos eSports com isso.

Ele prosseguiu: "O quarto ponto envolve o Brasil; trazemos muito da nossa cultura para o jogo, e estamos aprendendo muito com isso, o que fortalece ainda mais o projeto. Por fim, o quinto ponto é a comunidade. O jogo é totalmente moldado por ela. As mecânicas são discutidas no Discord, onde eles testam semanalmente para nós. Precisamos estar em constante diálogo com quem joga as versões alpha e beta para entender a direção na qual o jogo deve evoluir", concluiu Ramon.

Fonte: Game On
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