Como a paiN se tornou referência nos esports

Organização foi a primeira brasileira a participar de todos principais mundiais de esportes eletrônicos

16 nov 2021 - 13h05
Foto: paiN / Reprodução

O pioneirismo é um grande diferencial quando feito da forma correta. Ser um dos primeiros a desbravar o potencial de um novo mercado é arriscado, mas abre um caminho que, futuramente, outros irão trilhar. Em atividade desde 2010, a paiN Gaming foi uma das pioneiras no cenário de esportes eletrônicos no Brasil. Tudo bem, a paiN não foi a primeira organização de esports do país, mas pioneira na forma profissional de estabelecer sua marca e investir nos jogadores. Dez anos depois, os frutos foram colhidos.

Foto: ESL / Reprodução

A paiN foi criada por Arthur "PAADA" Zarzur como uma equipe de Dota 2. Apesar disso, o sucesso da organização nessa modalidade viria apenas em 2018, quando a paiN Gaming conseguiu um terceiro lugar na ESL One Birmingham, um dos principais torneios da modalidade. Logo depois a equipe participou do The International 2018.

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Foi ao entrar no competitivo de League of Legends que a paiN se consagrou no território nacional. Investindo desde 2012 no MOBA da Riot, os resultados vieram no ano seguinte, quando a paiN conquistou seu primeiro CBLoL. Entretanto, após esse título entrou em campo um dos pontos que ajuda o sucesso da organização: constância. Após um restante de 2013 ruim e um 2014 péssimo, a organização continuou investindo, para assim colher os resultados em 2015, com um bicampeonato de CBLoL e participou do Mundial da modalidade, conseguindo a melhor colocação de uma equipe brasileira na história do evento.

Seis anos depois, ainda forte no LoL, a paiN se tornou a primeira organização do país classificada para os principais mundiais de esports do planeta: The International, de Dota 2, Mundial de League of Legends e o Major de CS:GO. Aliás, a história da paiN com o jogo de tiro da Valve demonstra bem a fórmula de sucesso da organização.

Foto: Twitter / Reprodução

Com pouco renome internacional no CS:GO, a paiN anunciou a mudança do seu roster para o cenário norte-americano em 2020. Desde então, disputando espaço e mídia com elencos estrelados como a MIBR, que à época ainda contava com o quarteto bicampeão de major, e FURIA, pouco se falava sobre a organização. Em 2021 começaram a despontar, ganhar campeonatos da região NA, além de apresentar nomes de talento como Rafael "saffee" Costa, Rodrigo "biguzera" Bittencourt.

Em outubro, a coroação de um trabalho "tímido", porém firme, a classificação para o PGL Major Stockholm 2021. Dessa forma é possível ver um pouco do porquê a paiN Gaming se tornou uma das maiores e mais tradicionais organizações do país: apostar em um trabalho de constância e à longo prazo. Foi na insistência e constância que a equipe conseguiu também seus títulos de CBLoL, revelando um dos grandes ídolos da modalidade: Felipe "brTT" Gonçalves.

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Foto: paiN / Divulgação

Desde então, a paiN vem investindo em outras modalidades como Free Fire e até mesmo Hearthstone. Assim, a organização é uma das primeiras que vêm à mente quando falamos de esports no Brasil. Resta saber como serão os passos futuros da paiN para se manter como referência. Projetos de investimento à longo prazo como nas equipes de Free Fire e CS:GO ou má conduções administrativas como vistas no caso de Leonardo "Robo" Souza nesta semana.

De qualquer forma, a organização foi uma das primeiras a enxergar a potência dos esportes eletrônicos no país, pavimentando o caminho de muitas que vieram depois.

Fonte: Game On
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