Nesta quarta-feira (8) se celebra o Dia Internacional das Mulheres e no cenário de esportes eletrônicos, elas lutam diariamente pelo seu lugar ao sol. Neste esforço diário, as jogadoras ex-UP Gaming, equipe feminina de Free Fire, conseguiu destaque ao vencer a Taça da Patroa, torneio que tem Anitta como madrinha, em 2022.
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Para falar sobre o dia a dia de mulheres no cenário de esports do Brasil, o Game On conversou com várias das jogadoras que conquistaram o torneio. Elas, que ainda se mantém juntas, em sua maioria, compartilharam as conquistas e dificuldades que passam.
A busca por apoio dos pais
História comum para muitos fãs de games e esports também foi a realidade de Larissa "Lara" Kerllen, que descobriu sua paixão pelos jogos ao ver os familiares jogarem. O amor começou nos computadores, mas na necessidade, partiu logo para os celulares.
“Desde pequena sempre vi meus primos e irmã jogando jogos on-line, até o momento eu não entendia muito bem, mas sempre quando dava eu invadia o notebook da minha irmã e jogava os jogos que tinha lá, desde criancinha virou um vício para mim, até o momento no qual o notebook estragou e a partir daí fui procurar jogos no celular, e todo mundo na época comentava sobre o Free Fire, até que resolvi baixar para ver como que era, desde então me apaixonei e meu foco era todo dia melhorar, e ser uma das melhores dentro do jogo", conta Lara.
Mas a falta de um notebook não é a única dificuldade vivida pelas jogadores. Afinal, você pode até saber que ama o jogo, mas ainda deve buscar quebrar mais uma barreira significativa: a desconfiança dos parentes. Esse foi o caso de Deborah "Debbs" Victoria.
“Minha família no começo não apoiava muito, pois não entendiam muito sobre os esports. Porém, a partir do momento em que comecei a jogar campeonatos oficiais e ter remuneração, mesmo eles ainda não entendendo muito, foram minha maior base de apoio”, contou ela.
Taça da Patroa e apoio ao cenário feminino
Verdade seja dita, atualmente é muito difícil se profissionalizar no cenário de esports de forma geral. Entretanto, a manager da equipe, Isabel Konarzewski aponta que, para as mulheres, existe uma barreira a mais para quebrar.
“A mulherada vem se destacando e conquistando seu espaço no esports, porém mesmo com essas conquistas sinto que a nossa luta por respeito e espaço continuará constantemente. No free fire por exemplo, essa inclusão do cenário feminino ainda é muito ausente, estamos torcendo para que o cenário oficialize e que nossas meninas possam ter a oportunidade de mostrar seu valor”, aponta Isa.
E em todo este contexto, a jogadora Rhayssa "Rhay" Pardo exalta a importância de campeonatos como a Taça da Patroa. Para ela, torneios exclusivamente femininos são necessários no cenário de esports.
“Em um cenário predominantemente masculino a inclusão de campeonatos oficiais como a taça da patroa é indispensável, e em um mundo tão machista como o dos games, aonde mulheres são vistas como 'ruins' é de extrema importância a existência dessas ligas, voltada para o cenário feminino", conta Rhay.
Por fim, o time compartilhou como foi vencer um torneio em um cenário feminino de Free Fire que ainda busca crescer: "surreal, gratificante, uma mistura de sentimentos que incluíam orgulho, ansiedade e, principalmente, felicidade.”