A série The Last of Us chegou ao seu episódio final no último domingo (12) na HBO e foi amplamente aclamada pela sua fidelidade na adaptação do game original, que foi lançado em 2013 pela Naughty Dog e rapidamente se tornou um dos maiores sucessos dos consoles PlayStation.
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No entanto, a série live-action tomou algumas liberdades criativas e fez alterações em certos pontos da narrativa, com o intuito de proporcionar uma melhor imersão e maior identificação com os personagens - e lembrando que tudo foi supervisionado por Neil Druckmann, criador do jogo.
Confira aqui com Game On cinco grandes diferenças entre a série e o jogo.
Apresentação do vírus
Já no primeiro episódio da série temos um cientista falando sobre a evolução dos vírus, bactérias e dos fungos em um programa de televisão em 1968. Ele explica como os fungos podem ser perigosos se sofrerem uma mutação, a ponto de infectar humanos e passar a controlar suas vítimas em um tipo de praga que não há cura. Nada disso é mostrado ou explicado com tantos detalhes no game, que apresenta o fungo Cordyceps em alguns diálogos de Joel ou em textos e artigos que são encontrados durante o jogo.
Infecção e esporos
O segundo episódio também apresenta uma longa cena que mostra com detalhes como as primeiras infecções aconteceram em 2003 (no game acontece no ano de 2013) em Jacarta, na Indonésia, e como o exército busca a ajuda de uma professora de micologia para analisar uma amostra do fungo Cordyceps, retirado de uma mulher que foi infectada e começou a atacar outras pessoas em uma fábrica de farinha e grãos. Após analisar a mulher, ela diz que não existe vacina e que a única maneira de imperdir a propagação dessa infecção é bombardear a cidade e todos que estão nela. No jogo nada disso é mostrado, e novamente algumas informações de como tudo aconteceu são passadas de forma simples ao jogador em diálogos ou textos de jornais.
Além disso, no jogo além das mordidas dos infectados, as pessoas também podem se contaminar através de esporos que se espalham pelo ar, obrigando os personagens a usarem máscaras em determinados pontos do jogo. Isso foi completamente retirado da série e substituído por uma espécie de pequenos tentáculos, responsáveis por transmitir e infecção através da mordida dos infectados - ou por um polêmico "beijo da morte", como aconteceu com a Tess no segundo episódio, evento esse que nunca existiu no game.
Bill e Frank
Em sua jornada no game para levar Ellie aos Vagalumes, Joel encontra pelo caminho Bill, um sobrevivente paranoico que oferece uma importante ajuda à dupla para seguirem caminho. Ele vive completamente sozinho em uma pequena cidade que ele mesmo isolou e encheu de armadilhas contra infectados e invasores humanos. Pouco é revelado sobre o passado de Bill no game, mas ele chega a comentar que no passado tinha um parceiro com quem se importava e mais tarde é revelado que esse parceiro, chamado Frank, se enforcou após ser infectado (algo que Bill não sabia). Fica subentendido que os dois tinham um relacionamento e na carta de suicídio deixada por Frank, é explicado que ele tentou ir embora porque não aguentava mais o modo de viver de Bill.
Na série da HBO a história de Bill e Frank muda quase que completamente, com um episódio inteiro dedicado a apresentar os dois personagens, como eles se conheceram e como ficaram juntos em um relacionamento. A morte de Frank também é diferente, ele não é infectado por um zumbi, mas acaba tendo uma doença incurável e pede a ajuda de Bill para cometer suicídio.
No jogo, após ajudar Joel e Ellie, Bill continua vivo, já na série ele escolhe morrer ao lado de Frank. Quando Joel e Ellie chegam em sua casa, os dois já estão mortos.
Henry e Sam
Os irmãos Henry e Sam, dois sobreviventes que Joel e Ellie encontram no caminho, também tiveram sua história alterada. No game os eventos são mais simples, os irmãos apenas encontram a dupla quando estão fugindo de Caçadores e todos decidem continuar como um grupo, um ajudando o outro. Os quatro avançam um bom caminho juntos, porém em um determinado ponto, é revelado que Sam foi infectado na perna e ele acaba atacando Ellie. Henry pega uma arma e acaba matando Sam, e perturbado com o que fez, ele atira em sua própria cabeça em seguida.
Na série Henry e Sam são apresentados como ex-integrantes dos Caçadores, um grupo conhecido por combater a FEDRA e atacar outros sobreviventes. A líder dos Caçadores é Kathleen, personagem interpretada por Melanie Lynskey e que não existe no game, que está perseguindo Henry em busca de vingança, já que ele entregou o seu irmão para a FEDRA. Uma outra mudança na série em relação ao jogo é que Sam, o irmão mais novo, é surdo.
Porém, o triste desfecho com a morte dos irmãos, acontece de forma bem parecida com o game (mas Sam não revela para Ellie que foi infectado).
A mãe da Ellie
No último episódio a série mostrou como a Ellie nasceu e como ela ganhou sua imunidade, cenas que nunca foram apresentadas no jogo. Na série vemos Anna, a mãe de Ellie - interpretada por Ashley Johnson, dubladora de Ellie no jogo - ser atacada por um infectado instantes após dar à luz e antes de cortar o cordão umbilical, o que fez com que a bebê nascesse com imunidade ao fungo Cordyceps. Anna entrega a bebê Ellie para Marlene, que chega ao local momentos mais tarde, pedindo que a amiga cuide dela e que entregue uma faca de lembrança a ela quando estiver mais velha. Como um último favor, Anna pede para Marlene matá-la, encerrando assim a sua história. No game há apenas alguns poucos diálogos de Marlene sobre a mãe da Ellie e uma carta escrita por Anna e que a garota carrega em sua mochila. Na DLC Left Behind, Riley chega a comentar que soube de Marlene que a mãe de Ellie era uma enfermeira.
A primeira temporada de The Last of Us está disponível na HBO e na HBO Max.