Jogamos: Endless Dungeon mistura Roguelite e Tower Defense

Novo game da Amplitude Studios tem potencial e diverte

27 jun 2022 - 13h13
Endless Dungeon aposta na junção de Roguelite e Tower Defense
Endless Dungeon aposta na junção de Roguelite e Tower Defense
Foto: Amplitude Studios / Divulgação

Endless Dungeon compartilha universo e parte do seu nome com outros lançamentos da Amplitude Studios, como Endless Legends e Endless Space, mas as semelhanças param por aí. Enquanto os outros jogos do estúdio se consolidaram no gênero de estratégia, Dungeon é um Roguelite que aposta na combinação com Tower Defense para criar algo novo.

Game On testou o jogo e viu um enorme potencial, mas ainda existem detalhes que podem ser melhorados e algumas dúvidas que ficam no ar. Confira nossas impressões.

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Foco nos Heróis

Os heróis são um dos pilares de Endless Dungeon
Foto: Amplitude Studios / Divulgação

Um dos pilares de Endless Dungeon são seus Heróis: cada um deles conta com habilidades e atributos únicos para que o jogador possa tentar escapar dos calabouços. No jogo, a nave que os transportava pela galáxia ficou à deriva até chegar em uma estação espacial abandonada. Ao explorar o local e revelar seus segredos mais obscuros, esses corajosos personagens morrem e descobrem que toda vez isso acontece, eles voltam para o lobby da estação - eis o clássico loop dos roguelikes.

Durante a demo, foi possível escolher entre três heróis. Zédoé conta com uma arma pesada no melhor estilo Machine Gun e é ideal para controlar as ondas de inimigos com sua habilidade especial, que causa dano massivo em área. Já Bunker tem o arquétipo tank e conta com um escudo enorme e habilidades defensivas. Por fim, Blaze é o dono de rifles de precisão, que disparam de forma lenta mas causam dano alto e cobrem longas distâncias.

O mais interessante é que o jogo permite escolher dois heróis para serem controlados simultaneamente. Isso gera uma camada tática a mais e permite combinações que diferenciam cada tentativa. Jogar com Blaze e Bunker, por exemplo, é uma escolha bem conservadora: um defende e o outro causa dano à distância. No entanto, há uma falta de controle de hordas maiores, o que torna a substituição de Blaze por Zédoé atrativa - ou até mesmo combinações sem tank para jogadores mais corajosos. Além disso, em breve teremos heróis de suporte, o que trará ainda mais possibilidades, especialmente com o modo cooperativo online.

Controlar dois personagens é um pouco confuso de início, principalmente se o jogador não tiver experiência em jogos com câmera isométrica, mas se torna algo natural com o tempo. Enquanto o jogador decide o que um dos heróis faz, o outro é controlado pela inteligência artificial. No entanto, é possível trocar rapidamente entre eles e usar habilidades ou fazer reposicionamentos em tempo real - nem sempre a melhor escolha é fazê-los andarem juntos, e dominar esse microgerenciamento é o que pode garantir o sucesso em cada tentativa.

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Torres de "porta a porta"

Torres e heróis definem o combate
Foto: Amplitude Studios / Divulgação

O grande diferencial de Endless Dungeon é a sua mistura com Tower Defense. Os mapas são gerados de forma procedural, e o jogador precisa ir abrindo portas da estação para revelar suas salas e tentar encontrar uma saída. No entanto, para conseguir abrir as portas que levam para os próximos andares, é preciso usar seu robô, que é constantemente atacado por ondas de inimigos na base. Para defendê-lo de forma eficiente, é preciso criar torres de sala em sala e impedir o avanço desses inimigos.

Os recursos são bem escassos, mas vão aumentando a cada nova porta aberta. O problema é que abrir portas também pode revelar ninhos de inimigos, o que aumenta a dificuldade de cada onda. O jogador precisa fazer escolhas entre exploração e objetivos, principalmente após encontrar a porta que vai para o próximo andar. Será melhor se dedicar mais à exploração e tentar ficar mais forte, mas correndo mais riscos, ou avançar?

Se escolher avançar, o robô precisará se mover até a porta e levará um certo tempo até conseguir abri-la. Neste tempo, os inimigos atacam em uma última onda do nível e as coisas ficam um pouco intensas.

Gameplay tático e desafiador
Foto: Amplitude Studios / Divulgação

A fase que tivemos acesso durante a demo foi bem desafiadora e causou várias mortes graças ao sistema de evolução dos personagens, que ainda está desabilitado. Além disso, não era possível evoluir equipamentos e torres, tornando a experiência bastante punitiva. Esses elementos são essenciais para sabermos como o jogo conquistará os jogadores e como funcionará a progressão, questão crucial para o estilo.

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As salas têm pouca variedade, mas as mais escuras se destacam e conferem um ar de terror para a ambientação. É possível restaurar a energia do local gastando recursos raros, mas essa é uma escolha difícil, uma vez que nunca se sabe quais salas são mais importantes mais a frente.

Durante as partidas, é possível melhorar algumas torres e criar novas, encontrar armas e fazer melhorias nos heróis. Embora sejam melhorias temporárias, já dão um gostinho do potencial do jogo.

Segundo os desenvolvedores, os jogadores vão encontrar personagens novos ao avançar pelo jogo, que servirão como reforço no lobby e permitirão novas melhorias. Como o jogo será lançado em acesso antecipado e desenvolvido em conjunto com os feedbacks da comunidade, muito do desenvolvimento ainda está em aberto.

O potencial existe e o núcleo do jogo é divertido, resta saber se a Amplitude irá acertar na progressão e tornará Endless Dungeon memorável.

Fonte: Game On
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