Não seria exagero dizer que as expectativas por Tales of Arise são as mais altas para um lançamento da tradicional franquia de RPG japonês, que chega aos seus 30 anos em 2021. O game é tratado pela Bandai Namco como um recomeço para a franquia, visando não só atair um novo público, mas modernizar e tornar Tales of mais relevante aos olhos dos jogadores atuais.
Para isso, Tales of Arise aposta em uma combinação de belas visuais e cenas de animação acima da média da franquia - que é conhecida pela alta qualidade de suas sequências animadas - e numa ambientação instigante, mas acima de tudo, nos personagens que vivem esta nova aventura.
Ter bons protagonistas é essencial em um RPG nipônico, afinal o jogador vai acompanhar a jornada pelos olhos destes personagens por dezenas e até centenas de horas. O Game On jogou as primeiras horas de Tales of Arise e tivemos uma amostra muito boa do que o jogador vai encontrar quando o jogo chegar em setembro para PC e consoles.
A demonstração trazia as missões iniciais do game, introduzindo o cenário e os dois personagens principais: Alphen e Shionne, uma dupla bem diferente dos heróis típicos e com uma ligação misteriosa que deve ser um dos temas principais explorados no game: ele é incapaz de sentir dor, não importa o tamanho do ferimento que receba. Ela causa dor em qualquer pessoa que encoste nela.
Dualidade histórica
Cada um dos protagonistas vem de um mundo diferente, que estão em comflito: Dahna e Rena. Centenas de anos antes da aventura começar, Rena invadiu Dahna e subjugou sua população. Os exércitos de Rena são avançados tecnologicamente e fazem o papel dos vilões tirânicos, enquanto o povo de Dahna é escravizado e passa a vida extraindo recursos minerais e espirituais (!) de seu mundo, com exceção de um grupo de rebeldes, que luta contra o invasor. Além disso, o povo de Dahna é incapaz de usar as artes astrais, como são chamados os poderes mágicos controlados por alguns personagens.
No começo do jogo, Alphen é um escravo em uma mina. Seu rosto nesta parte do jogo é um mistério, assim como seu passado. Ele tem uma máscara de ferro irremovível na cabeça e não tem memórias de seu passado. Shionne é ainda mais misteriosa: uma nobre Renaniana que é perseguida pelos seus próprios conterrâneos. Ela é capturada por acidente pelos rebeldes.
Com um inimigo em comum, a dupla de protagonistas acaba se juntando aos rebeldes para enfrentar os lordes de Rena. Shionne é uma usuária das artes astrais e mais importante, carrega uma arma super poderosa que só Alphen consegue usar.
Animação de primeira
Tales of é sinônimo de boas animações, mas Arise eleva a barra. O jogo tem um estilo artístico distinto do resto da série, com enquadramentos e direção de arte que valorizam a trama e as personalidades de seus personagens.
O melhor de tudo, para o jogador brasileiro, é que o jogo está todo legendado em português. Assim, é possível compreender facilmente o enredo e se envolver com os heróis e vilões de Tales of Arise. O que é ótimo, pois o jogo trabalha muito bem sua trama e o desenvolvimento dos personagens.
Algo que os fãs dos Tales of mais antigos não precisarão se preocupar é com o combate: o jogo preserva as batalhas em tempo real cheias de combos e movimentação livre que são características da franquia. É um ótimo caso de modernizaçao sem perder a essência.
Tales of Arise parece um verdadeiro recomeço para a franquia, não no sentido de ignorar o que foi feito até aqui, mas de expandir as possibilidades e apontar uma nova direção para os RPGs da Bandai Namco, servindo como a porta de entrada ideal para muitos novos jogadores.
The adventure of a lifetime starts in just ✨ one month ✨
A FREE PLAY DEMO of #TalesofArise will be available on PS4, PS5, Xbox One & Series X|S on August 18th! pic.twitter.com/PCio2xwvlm
— Tales of Arise (@TalesofU) August 10, 2021
Os jogadores interessados poderão testar uma demonstração gratuita de Tales of Arise na próxima quarta-feira, 18 de agosto, no PS4, PS5, Xbox One e Xbox Series X/S.
O jogo completo sai em 10 de setembro para PC e para os consoles listados acima.
