Swen Vincke, diretor de Baldur's Gate 3 e do Larian Studios, é contrário à ideia de que serviços de assinatura de jogos, como o Game Pass e a PlayStation Plus, se tornem o padrão da indústria para que os jogadores tenham acesso aos jogos. Além disso, ele deixou claro que o melhor jogo de 2023 não estará disponível em nenhum desses serviços.
"Qualquer que seja o futuro dos jogos, o conteúdo sempre será o mais importante. Mas será muito difícil conseguir bons conteúdos se a assinatura se tornar o modelo dominante e um grupo seleto decidir o que vai ou não para o mercado. O caminho direto do desenvolvedor para os jogadores é o melhor", revelou Vincke em suas redes sociais.
Whatever the future of games looks like, content will always be king. But it’s going to be a lot harder to get good content if subscription becomes the dominant model and a select group gets to decide what goes to market and what not. Direct from developer to players is the way. https://t.co/wEUvd5adt0
— Swen Vincke @where? (@LarAtLarian) January 17, 2024
"Conseguir que aprovem um projeto alimentado pelo idealismo é quase impossível, e o idealismo precisa de espaço para existir, mesmo que possa levar ao desastre. Os modelos de assinatura sempre acabarão sendo exercícios de análise de custo-benefício destinados à maximizar o lucro", continuou.
"Não há nada de errado com isso, mas isso não pode se tornar um monopólio de serviços de assinatura", afirmou. "Já dependemos de um grupo seleto de plataformas de distribuição digital, e a descoberta [de jogos] é brutal. Se todas as plataformas mudarem para assinatura, será algo selvagem. Num mundo assim, por definição, a preferência do serviço de assinatura determinará quais jogos serão feitos. Confiem em mim – vocês realmente não querem isso”.
Vincke também deixou claro que os jogos do Larian Studios jamais estarão presentes em um serviço de assinatura, complementando sua recente fala sobre a não inclusão de Baldur's Gate 3 no catálogo do Game Pass: “Vocês não encontrarão nossos jogos em um serviço de assinatura, mesmo que eu respeite o fato de que, para muitos desenvolvedores, isso represente uma oportunidade de fazer o seu jogo. Eu não tenho problemas com isso. Só quero garantir que o outro ecossistema não morra porque ele é valioso”.
O comentário foi feito após o diretor de assinaturas da Ubisoft, Philippe Tremblay, afirmar que os jogadores precisam se acostumar com a ideia de não terem os jogos para que os serviços de assinaturas decolem, algo que não repercutiu muito bem nas redes sociais.