Chegamos ao último mês de 2021, e com ele, chegam várias retrospectivas do que aconteceu durante esses meses. Muita coisa boa vai aparecer pra gente relembrar, mas também nem só coisas boas... Vamos dar uma olhadinha nos jogos que acabaram sendo grandes decepções do ano de 2021, aqueles games que deixaram a desejar e ganharam o título de piores games na história recente. Vamos conferir?
DOOM 3: VR Edition
Começando a nossa lista de decepções do ano, vamos falar sobre um título famoso: Doom 3. Mas não é bem aquele lançado para PC, e sim um port para PlayStation VR, intitulado DOOM 3: VR Edition (dãã). Nele, a intenção é a de qualquer outro jogo em VR, onde você está em primeira pessoa e executa ações com os controles de maneira bastante imersiva, mas pelo jeito nem carregando um título clássico foi possível compensar o desastre deste jogo.
Comparado com os outros DOOMs, que não são em VR, esse título deixou os controles mais engessados, com certa dificuldade para realizar ações como desviar de ataques inimigos, algo que em joysticks ou em teclados era fácil de se fazer. E apesar da nostalgia que o título pode trazer, esse fator ainda não é o suficiente para agradar todos os jogadores, principalmente por conta dos gráficos, que também não entregaram tanta qualidade assim.
Metacritic — Nota do público: 7.3 / Nota dos críticos: 67.
For Honor
Agora trazendo um título da Ubisoft, vamos falar sobre os motivos de For Honor aparecer em nossa lista de decepções do ano. Primeiramente anunciado em 2015 — e lançado alguns anos depois —, For Honor é um jogo de combate ambientado no período medieval. Houve muito hype para o lançamento do título, pois ele prometia jogabilidade e mecânicas nunca vistas, e ainda era visto como um provável novo jogo para os eSports. Porém, não foi bem isso que aconteceu.
Após seu lançamento, houve inúmeros bugs e defeitos percebidos pelos jogadores. Apesar do desempenho caindo logo no início, a Ubisoft tentou recuperar a reputação do jogo com servidores dedicados, bem como novos conteúdos, inclusive um crossover com o jogo Dead by Daylight, uma provável tentativa de alavancar o título. Lançado este ano, esse crossover foi um belo de um flop e, por conta disso, merece entrar na lista de decepções dos games em 2021.
Metacritic — TDB.
Werewolf the Apocalypse: Earthblood
Werewolf: The Apocalypse: Earthblood é um jogo eletrônico de RPG baseado em um RPG de mesa de nome Werewolf: The Apocalypse. Os jogadores desse gênero de interpretação de papéis tabletop costumam ser bem criteriosos e detalhistas, pois quando suas imaginações são estimuladas através de suas campanhas, ver o título indo para uma versão eletrônica gera muita expectativa.
Infelizmente, fora da mesa o jogo não entregou tudo o que esses jogadores esperavam. Provavelmente os desenvolvedores pensaram bastante no game como uma extensão de sua contraparte de mesa, pois em Earthblood, a história, desde o início, é bem densa e recheada de terminologias completamente desconhecidas, algo que afastou novos possíveis jogadores. Sem falar nos gráficos e estilo de jogo, que remetem até mesmo a alguns títulos do gênero para PlayStation 2.
Metacritic — Nota do público: 4.6 / Nota dos críticos: 56.
Harvest Moon: One World
Em mais um jogo que traz consigo um título que outrora já fizera algum sucesso em seu nicho, Harvest Moon: One World foi um exemplo de que a mistura de nostalgia com um título já conhecido não é a receita perfeita para um novo jogo bom. O primeiro título, apenas "Harvest Moon", para PlayStation 1, trazia a proposta de simulador de fazenda para uma época em que não havia muitos títulos nesse estilo.
Contudo, em Harvest Moon: One World, não temos muito do espírito inovativo do game; sem dúvida muito se dá por seu sucessor espiritual: Stardew Valley, o jogo indie que ganhou todos os fãs de Harvest Moon, e também novos jogadores que não conheciam a franquia. Isso pra falar que, com o tempo, Harvest Moon acabou relegado ao esquecimento. Conceber um jogo algumas décadas depois do primeiro título com gráficos ruins também não ajudou. Infelizmente, não tem como deixar de incluir o novo game nessa lista.
Metacritic — Nota do público: 4.5 / Nota dos críticos: 54.
Taxi Chaos
Táxi não é mais um modelo de serviço tão utilizado ultimamente, principalmente quando nos referimos aos aplicativos como Uber ou 99POP para realizar nossas viagens. Quem desenvolveu Taxi Chaos podia ter pelo menos essa referência em mente.
Quem viveu o início dos anos 2000 provavelmente conheceu o jogo Crazy Taxi, que oferecia um gameplay bastante simples, intuitivo e bem divertido. Aparentemente, Taxi Chaos tentou reproduzir o feito, mas, infelizmente, entregou um jogo limitado e que não consegue agradar a todos, ainda mais pelo valor aproximado de R$ 150.
Metacritic — Nota do público: 6.6 / Nota dos críticos: 42.
BIOMUTANT
Seguindo com jogos considerados as decepções do ano, vamos ver os motivos de BIOMUTANT, um RPG que tanto teve divulgação e hype em seu nicho, se enquadrar por aqui. Uma proposta diferente costuma ser interessante, como nele, onde tudo se passa num cenário pós-apocalíptico e gira em torno de kung fu.
Mas só a proposta em si não salva o jogo. BIOMUTANT entrega, com essa proposta diferente, uma narrativa como qualquer outra, rasa, sem diferença no que tange às suas escolhas, e ainda tem uma estrutura de combate básica e alguns outros aspectos que fazem dele um jogo que não vale muito a pena ser jogado. Isso sem mencionar que, para PC, BIOMUTANT custa incríveis R$ 200.
Metacritic — Nota do público: 6.8 / Nota dos críticos: 64.
Of Bird and Cage
Há muitos jogos com temas musicais por aí, desde os saudosos Guitar Hero, passando por Just Dance — que existe até hoje — e jogos mais atuais como Crypt of the NecroDancer, classificado como jogo de música e ritmo. Muitos deles fizeram bastante sucesso, afinal, misturar jogos com música, na medida certa, dá uma entrega interessante. Of Bird and Cage, porém, não conseguiu essa proeza.
OK, na trilha sonora temos impecáveis Guns N’ Roses, Within Temptation, Epica e muitas outras bandas e artistas de sucesso, o que pode ser um indicativo de que vale a pena jogar. Mas o fato de você ter apenas o tempo de uma faixa para explorar todo o cenário pode causar certa pressão desnecessária nos jogadores, afinal, você está curtindo uma música boa, mas tem que resolver algum puzzle no jogo, o que acaba deixando-o sem ter como desfrutar nem de um e nem de outro.
Metacritic — Nota do público: 7.0 / Nota dos críticos: 44.
Demon Skin
Jogos de hack ‘n’ slash, um gênero que é uma leve evolução do famigerado “briga de rua”, como é conhecido aqui no Brasil por gamers old school, são jogos que agradam a muitos públicos. O fato de ter pancadaria a todo momento e poder variar entre habilidades, armas e até mesmo estilos de meter a porrada acaba sendo seu ponto forte. Em Demon Skin, porém, esses atributos acabam não sendo tão bem explorados.
O jogo, que mais parece uma adaptação em 2D e mal feita de Dark Souls, mostra o protagonista fazendo tudo o que vimos em títulos semelhantes, mas com mecânicas um pouco engessadas e com um cenário de plataforma pobre. A qualidade acabou não ficando das melhores: outros jogos com proposta metroidvania acabam entregando muito mais, mesmo em 2D, mas para Demon Skin ficou faltando um pouco desse tempero.
Metacritic — Nota do público: 7.2 / Nota dos críticos: 48.
GTA The Trilogy — The Definitive Edition
GTA é um título que fez sucesso desde seu primeiro jogo para PlayStation 1 e acabou aumentando sua fama com subsequentes títulos para PlayStation 2. Com isso, há muito era aguardada uma remasterização de algum dos títulos, e a Rockstar, responsável pela saga, subsidiou a Grove Street Games para remasterizar não somente um, mas sim três dos seus títulos: GTA III, Vice City e San Andreas.
Mas como qualquer outro exemplo acima, isso não garante qualidade no novo jogo. GTA Trilogy Definitive Edition teve um dos piores desempenhos deste ano, não alcançando nem 1 ponto de 10 no Metacritic. Além dos diversos bugs, a adaptação visual e de gameplay para a geração atual de videogames foi péssima, o que causou certa comoção nos jogadores que tanto esperavam pela remasterização desses jogos, sem falar que o valor para aquisição estava muito além do que o jogo se propunha: salgadíssimos R$ 319,90.
Metacritic — Nota do público: 4.9 / Nota dos críticos: 67.
Buildings Have Feelings Too
Agora, encerrando a nossa lista das decepções do ano, vamos ver um jogo… diferente. Trazendo um conceito um tanto quanto “estranho”, Buildings Have Feelings Too é um jogo no qual você gerencia uma cidade na qual há cidadãos, cabines de telefone inglesas, bancos de praça, árvores e, claro, prédios. Mas como o próprio nome do jogo já sugere… os prédios também têm sentimentos.
Não sendo o bastante para que você definitivamente não comprasse este jogo, os gráficos também não são dos mais impressionantes. O fato dos prédios possuírem braços e pernas também dão um ar mais cômico ao jogo, mas tem um estilo estranho — apesar de que, se alguém criou este jogo, há quem aprecie a obra, não é? Infelizmente, esse público deve ser bem seleto, porque o gameplay é bem engessado e não perdoa erros, aborrecendo e chateando os gamers com facilidade.
Metacritic — Nota do público: TBD / Nota dos críticos: 54.
E aí? Gostou da nossa lista das decepções do ano nos games? Esperamos ter ajudado a evitar um reembolso em alguma loja online por aí. Se você lembrar de alguma grande decepção recente, pode deixar aí nos comentários. Grande abraço e até a próxima, gamers!