Horizon Call of the Mountain é o principal jogo inédito na linha inicial do PlayStation VR 2. O jogo é ambientado no mundo fantástico criado pela Guerilla Games e deixa clara a capacidade do aparelho em apresentar mundos fantásticos e interativos.
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Em Call of the Mountain, o jogador controla Ryas, um guerreiro que já ez parte dos Carja das Sombras e conseguiu uma chance de se redimir pelos crimes do passado. Para quem é fã dos outros jogos da série, é bem legal ver o cuidado que a produtora Firesprite teve com os elementos narrativos, tanto quanto com os mais visuais, como as imensas feras robóticas que cruzam seu caminho desde os instantes iniciais.
A trama é bem mais direta e focada nas disputas políticas e no relacionamento de um pequeno grupo de personagens. O que é ótimo, porque às vezes é difícil se concentrar nas conversas quando se tem um mundo tão chamativo para se explorar.
Escalada e combate
Call of the Mountain é jogado em primeira pessoa, com o headset acompanhando os olhos do jogador e os controles Sense mapeando os movimentos das mãos e dedos e é possível interagir com muitos elementos do cenário, desde a água no rio até frutas, pratos e armas. O escaneamento dos dedos rende momentos divertidos, mas é muito importante para as escaladas, que estão entre as principais atividades do jogo. Sério, você vai passar muito tempo escalando e se pendurando pelos rochedos do game.
Você vai passar muito tempo procurando pontos de apoio e sbindo ou saltando pelas pedras e paredões, ocasionalmente usando tirolesas. è divertido, mas pode ser cansativo depois de algum tempo.
A outra atividade frequente é o combate com arco e flecha. É mais simples do que em um Horizon convencional, mas funciona bem e a imersão ajuda a manter as coisas divertidas. As lutas contra os robôs acontecem em areneas específicas e não há espaço para bancar o caçador furtivo ou bolar estratégias para emboscar os inimigos, como acontece nos outros Horizon. Em geral, você vai circular os alvos, se esquivar de seus golpes e tentar acertar os diferentes pontos fracos. As batalhas contra robôs maiores são mais estratégicas e mais empolgantes.
Com os itens obtidos ao derrotar inimgos e coletados pelo cenário, Ryas pode criar diferentes munições e novas ferramentas. O interessante é que você realiza gestos para fabricar os itens, algo bem divertido e que me deixou curioso para ver mais jogos de 'crafting' no PSVR 2.
Há diferentes formas de controlar o personagem, sempre envolvendo algum nível de gestos e movimentos dos braços. Dá para jogar de pé ou sentado, mas a segunda opção acaba se mostrando meio estranha. Tudo diz que você está de pé, mas seu corpo sabe que está sentado. É melhor abrir espaço para jogar de pé e poder andar um pouco, explorar, olhar para baixo (nem sempre é uma boa, mas vale pelo frio da barriga) e se deixar submergir no mundo de Horizon.
Onde Call of the Mountain se destaca é no espetáculo visual: o jogo usa o rastreamento dos olhos do PSVR 2 para manter uma taxa de quadros e resolução elevadas onde quer que o jogador esteja olhando, recriando com perfeição a estética do mundo de Horizon, suas ruínas futuristas tomadas pela natureza e os dinossauros robóticos, que ganham toda uma nova dimensão ao se jogar em primeira pessoa.
Considerações
Horizon Call of the Mountain é um ótimo cartão de visitas para o PlayStation VR 2, ideal para mostrar aos amigos e convencê-las a dar uma chance para o headset de realidade virtual. Com cerca de seis horas de duração, a aventura poderia depender um pouco menos de escaladas e mais dos outros elementos, como os combates, produção de itens e a exploração dos seus cenários incríveis.
Horizon Call of the Mountain está disponível para PS5. Para jogar, é preciso um headset PSVR 2.
*Esta análise foi feita no PS5, com uma cópia do jogo gentilmente cedida pela Sony PlayStation.