As duas maiores franquias da Blizzard são Warcraft e Diablo, mas, apesar de serem dois colossos do mesmo estúdio, os dois mundos são tão distintos que colaborações mais massivas, sem ser apenas itens cosméticos aqui e ali, ficam restritas para jogos mais periféricos do estúdio, como Heroes of the Storm.
Diablo Immortal ousou neste sentido e entregou logo uma parceria com World of Warcraft, em comemoração aos 20 anos da franquia, trazendo ninguém menos que o Lich Rei para ser um chefe que desafia os jogadores de Santuário até o dia 03 de dezembro. Embora no papel a mistura pareça meio exagerada, na prática funcionou super bem e até ficamos com um gostinho de quero mais.
Carinho nos detalhes
O mais legal da parceria é que em nenhum momento eu fiquei com a sensação de que apenas jogaram o conteúdo de WoW dentro de Diablo e deixaram a lore e estética bagunçadas, pelo contrário. Os desenvolvedores tiveram o cuidado de fazer com que o que veio de Azeroth tivesse um cuidado para parecer mais sombrio e batesse com os temas de Diablo, ao mesmo tempo em que funcionalmente, no caso das armas e das mecânicas do chefe Lich Rei e seus minions, a gente se lembrasse dos momentos mais icônicos da franquia online de Warcraft.
Esse mesmo cuidado foi tomado com a Lore. Por exemplo, a Citadela Decaída e a Bacia do Degolador, os dois grandes conteúdos desta mini expansão, se dão em um portal entre mundos, onde você não vive uma experiência fora da realidade de Diablo, mesmo tendo o gostinho de ver alguns dos ícones de Wow.
O mesmo vale para as armaduras. Um dos destaques da parceria é o conjunto do Illidan, que ficou incrível visualmente e lembra o traidor de Warcraft, mas com todo o aspecto sombrio e sanguinário que se espera de um conjunto para as classes de Diablo. Isso segue para armas lendárias que também fazem parte da coleção que pode ser conquistada ou adquirida durante o período do evento.
Luta desafiadora e icônica
O maior desafio aqui é vencer o Lich Rei na sua Cidadela Decaída e a jornada e luta são desafiadoras.
O primeiro passo é conseguir entrar no local, o que exige recompensas de login e um tempo na parte de Masmorra dropando itens dos monstros. Após conseguir a passagem, o cenário já modifica para o gelo asfixiante do Lich Rei e logo você estará diante do lendário vilão para uma batalha eletrizante.
O Lich Rei não tem todos os ataques que possui no WoW e foi bem simplificado para funcionar no ambiente mobile. Sua nevasca congela e é preciso se esconder dela atrás de blocos de gelo. Seus ataques dão dano alto e usar meios para se curar é essencial para durar até vencer a barra massiva de vida do chefe impiedoso. Além disso ainda é preciso lidar com seus minions asquerosos, como as Abominações. Aqueles que fracassarem, precisam fazer o caminho novamente para ter uma chance de conquistar a coroa gelada.
Campo de PVP
Por fim, ainda há a Bacia do Degolagor, que é uma área de PVP inspirada nos campos enormes de World of Warcraft, onde Horda e Aliança tiram suas vidas há gerações.
Aqui é possível se aliar a uma das duas facções lendárias de Warcraft e batalhar para conseguir pontos que serão usados mais tarde no evento de Guerra Eterna. O modo escolhido foi o Conquista, que nivela os jogadores e permite que habilidade se sobressaia sobre itens.
Eu não sou muito do PVP então este foi o conteúdo que menos me chamou a atenção. No entanto, a ambientação ficou bem legal com a inspiração na Bacia de Arathi do WoW, com todos os elementos de cenários icônicos do local. Isso por si só me fisgou por várias partidas e até me fez ficar mais propenso a continuar jogando este tipo de conteúdo no futuro.
Considerações
Com cuidado nos detalhes e boa integração visual, a Blizzard acertou bem no divertido evento de colaboração entre Diablo Immortal e World of Warcraft. O Lich King cai como uma luva no jogo e oferece uma luta icônica e brutal para os jogadores. Ainda há bastante conteúdo de PVP e itens para buscar, o que deve manter todos os jogadores de Santuário ativos até o mês de dezembro, quando o evento, infelizmente, acaba.