Jogamos: Romancing SaGa 2: Revenge of the Seven traz combate tático e autoral

Primeira hora do clássico cult da Square Enix mostra potencial pelo gameplay

19 set 2024 - 10h02
Romancing SaGa 2: Revenge of the Seven
Romancing SaGa 2: Revenge of the Seven
Foto: Divulgação / Square Enix

Se você não conhece Romancing SaGa, não está sozinho, eu também só tinha ouvido falar da série até alguns dias atrás, quando fiquei super intrigado com a demonstração do remake 3D do segundo jogo da franquia. O Terra Game On teve a oportunidade de testar a primeira hora de Romancing SaGa 2: Revenge of the Seven, que agora também está disponível para você baixar gratuitamente no PS4, PS5, Windows e Nintendo Switch.

O jogo original é do início dos anos 90 e foi o mais vendido da série, graças a um sucesso bem considerável no Japão, o que não se repetiu com tanta força quando ele foi lançado no ocidente, o que explica ter se tornado um título mais cult e de nicho por aqui. A equipe de desenvolvimento original do jogo esteve presente na criação de Final Fantasy na mesma época, mas há poucas semelhanças entre os títulos no gameplay, a parte mais autoral e interessante desta demo.

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Gameplay tático e cheio de personalidade

O jogo começa no controle do poderoso rei de Avalon, que está em uma dungeon padrão de RPG ensinando seu filho - bem menos capaz em combate - a se portar como um guerreiro em situações de perigo. O prólogo do jogo ter escolhido essa situação faz todo o sentido, uma vez que a principal mecânica do jogo é passar parte dos atributos de pai para filho na linhagem real, uma vez que o antigo rei parta desta para melhor. Ou seja, o seu protagonista não é um personagem em específico, mas a linhagem real de Avalon, que vai encarar um mal gigante nessa campanha: os sete heróis que foram corrompidos e transformados em demônios.

Isso não significa que a narrativa é toda dispersa e ausente de personagens trabalhados, ao menos pelo conteúdo da demo. A introdução mostra a passagem deste primeiro rei que temos acesso para o seu filho de forma bem dramática - às vezes até com exagero na dose em cenas meios cafonas-, introduz um dos vilões e dá o controle de personagens secundários que podem fazer parte do seu grupo. É bem verdade que o foco desta primeira hora é muito forte no combate, com dungeon atrás de dungeon, mas há o tempo de respiro no seu castelo entre uma incursão e outra com cutscenes aproveitando do novo visual em 3D que está bem legal e colorido.

O que mais me impressionou é como o sistema de batalha como um todo é recheado de possibilidades e bem diferente do que a gente está acostumado em jogos do gênero, com combates por turno. Não há ganho de experiência e níveis de personagem, por exemplo. Toda a progressão é feita de acordo com o que você usa em combate. Ao usar um arco ou espada, por exemplo, você irá ficar melhor com esse tipo de arma. Contra inimigos fortes ou explorando fraquezas do adversário, seu personagem pode aprender sozinho um novo golpe ou habilidade mágica. Isso torna as batalhas bem menos maçantes e dá um leque enorme de possibilidades de customização para a sua equipe.

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Romancing SaGa 2: Revenge of the Seven
Foto: Reprodução / Daniel Esdras

Equipe que, aliás, conta com cinco membros, que podem ser colocados no campo de batalha de acordo com uma formação pré definida. Na demo há apenas uma variante da formação padrão, mas deu para ver que formações diferentes oferecem benefícios diferentes para quem está executando determinada função. A desta primeira hora conta com um personagem do tipo “tanker” na frente, aquele que é como uma esponja de dano e aguenta muita pancada. Ele ganha bônus de defesa e vida nesta formação e incentiva o jogador a escolher um personagem que se aproveita destas características.

No castelo há várias opções de guerreiros para compor o grupo e o jogador pode equipá-los com duas armas diferentes, magias e mais equipamentos para tentar formar o grupo ideal Fechei o conteúdo da demo várias vezes, escolhendo personagens diferentes e o impacto das escolhas é bem legal.

Dificuldade exigente

Outro ponto interessante é que Romancing SaGa 2 permite que o grupo recupere totalmente a vida após cada luta, o que permite apertar bem a dificuldade delas. É preciso pensamento tático para escolher quais itens de cura vai carregar e tomar bastante cuidado com a mana para não ficar sem poder de fogo nas lutas mais difíceis.

É engraçado que a opção Hard aqui é, inclusive, a dificuldade original do jogo de 1993, com o balanceamento da época que exige atenção e bom uso do grupo o tempo todo. No modo normal o jogo é bem mais em linha com o que temos hoje em dia e, tirando as lutas contra chefes, deixa o jogador mais à vontade para experimentar sem punir tanto.

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Romancing SaGa 2: Revenge of the Seven
Foto: Reprodução / Daniel Esdras

Considerações

Romancing SaGa 2: Revenge of the Seven parece ser a versão definitiva do clássico cult da Square Enix e um presentão para quem é fã da saga. Os novatos, que curtirem um bom RPG oriental, vão ficar intrigados com o sistema de batalha já nesta primeira hora e mal podemos esperar para ver o impacto da sucessão na linhagem real durante o restante da campanha.

Fonte: Game On
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