Polícia Civil realiza operação contra “Gang of Games”

Organização criminosa usava videogames e plataformas digitais para chantagear vítimas e ameaçá-las de morte

4 jul 2024 - 14h33
(atualizado às 14h35)
Grupo criminoso fez mais de 50 vítimas no Distrito Federal e Entorno
Grupo criminoso fez mais de 50 vítimas no Distrito Federal e Entorno
Foto: Divulgação / PCDF

A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou nesta quinta-feira (4) a Operação Reset, cujo alvo foi uma organização criminosa especializada na extorsão de dinheiro e estelionato usando venda de videogames e plataformas digitais.

Durante a operação, conforme a reportagem feita pelo Metrópoles, foi apreendida uma verdadeira coleção de games, com cartuchos de NES, Mega Drive e Super Nintendo, discos de PlayStation, diversos controles e acessórios, e até mesmo unidades do PlayStation 5 e Xbox Series.

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A chamada “Gang of Games” tinha jogos raros, como Ayrton Senna’s Super Monaco GP2 para Mega Drive, Mortal Kombat 2 para Super Nintendo, GoldenEye 007 e Diddy Kong Racing para Nintendo 64, e também jogos atuais, como God of War Ragnarok para PlayStation 4 e Ratchet & Clank para PlayStation 5.

Segundo a Polícia Civil, o grupo criminoso fez pelo menos 50 vítimas no DF e Entorno, que perderam seus jogos, aparelhos e dinheiro após serem chantageadas e ameaçadas de morte.

Foram cumpridos sete mandados de prisão e sete de busca e apreensão nas regiões de Samambaia, Guará, Lúcio Costa, Feira dos Importados do SIA e Vicente Pires, todos expedidos pela 3ª Vara Criminal de Taguatinga.

Organização criminosa era bem estruturada, com divisão de tarefas entre seus membros
Foto: Divulgação / PCDF

Operação Reset

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As apurações para o início da operação começaram depois que uma vítima foi procurar a polícia para denunciar ter sido extorquida após vender um videogame. 

Por meio das investigações, foi descoberta uma organização criminosa bem estruturada, com divisão de tarefas entre seus integrantes. Uma parte ficava responsável por identificar potenciais vítimas, que anunciavam seus produtos em plataformas digitais, e outra recebia essas informações para ir até a casa da vítima, pegar o produto e efetuar o pagamento.

Depois disso, os criminosos entravam em contato com a vítima, dizendo que o videogame estava com defeito. Para convencê-la, eram enviados vídeos e fotos de peças velhas e quebradas de outro aparelho, havendo então a exigência do dinheiro para que ele fosse consertado. Isso continuava até que os bandidos recuperassem todo o valor que havia sido gasto na compra.

Quando a vítima se dava conta que se tratava de um golpe e não aceitava realizar o pagamento, ela era chantageada e ameaçada de morte, com os criminosos enviando vídeos mostrando armas de fogo e, em alguns casos, iam até a casa da vítima.

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Depois que estavam com o videogame e o dinheiro, outra parte da organização criminosa agia. Sendo donos de lojas virtuais falsas e de bancas localizadas na Feira dos Importados, eles revendiam o produto roubado, com parte do lucro sendo repassada aos demais membros do grupo criminoso.

Fonte: Game On
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