Após sair da Sony este mês, Shuhei Yoshida concedeu uma entrevista ao Kinda Funny Gamescast, onde comentou sobre diversos assuntos, incluindo até mesmo o foco atual da Sony em desenvolver jogos como serviço.
O ex-executivo, que foi chefe dos estúdios PlayStation entre 2008 e 2019, disse que teria tentado resistir a isso, caso ainda estivesse no comando quando a gestão da Sony pressionou para que ocorresse a mudança.
“Para mim, eu estava gerenciando esse orçamento, então eu era responsável por alocar dinheiro para que tipos de jogos fazer”, explicou Yoshida (via VGC). “Se a empresa estava considerando [ir] por esse caminho, provavelmente não faria sentido parar de fazer outro God of War ou jogo single-player, e colocar todo o dinheiro nos jogos como serviço."
“No entanto, o que eles fizeram quando eu saí e Hermen [Hulst] assumiu é que a empresa nos deu muito mais recursos. Eu não acho que eles disseram a Hermen para parar de fazer jogos single-player. [Eles disseram] 'esses jogos são ótimos, continue fazendo isso, e nós daremos a vocês recursos adicionais para trabalhar nesses jogos como serviço e ver no que dá'."
“Tenho certeza de que eles sabiam que era arriscado", complementou Yoshida. "A chance de um jogo se tornar bem-sucedido nesse gênero extremamente competitivo seria pequena. No entanto, a empresa, sabendo desse risco, deu a Hermen os recursos e a chance de tentar. Acho que foi assim que eles fizeram. Na minha opinião, isso é ótimo, e espero que alguns jogos se tornem bem-sucedidos."
“Felizmente, Helldivers 2 se saiu muito bem…ninguém esperava isso. Então você não pode planejar um sucesso nesta indústria, essa é a parte mais divertida deste negócio. Espero que esta estratégia funcione no final. Se eu estivesse na posição dos Hermen, provavelmente teria tentado resistir a essa direção. Talvez essa seja uma das razões pelas quais me removeram do cargo!"
Também na entrevista, Yoshida comentou sobre a ausência de um remaster de Bloodborne e das "várias razões" para o fracasso do PS Vita.